Israel: pesquisas não indicam vencedor claro em eleições
As eleições parlamentares israelenses resultaram em um impasse virtual pela quarta vez nos últimos dois anos, segundo pesquisas de boca de urna, deixando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu com um futuro incerto. As três principais emissoras de TV de Israel indicaram que Netanyahu e seus aliados religiosos e nacionalistas, junto com um grupo de partidos de oposição ao primeiro-ministro, ficaram aquém da maioria parlamentar necessária para formar um novo governo.
Os resultados também sinalizaram uma mudança contínua do eleitorado israelense em direção à direita, que apoia os assentamentos na Cisjordânia e se opõe a concessões em negociações de paz com os palestinos. Após três eleições anteriores inconclusivas, Netanyahu espera formar um governo com seu tradicionais aliados, que lhe concederão imunidade contra acusações de corrupção. Apesar do
resultados, Netanyahu afirmou nas redes sociais que seu partido Likud havia reivindicado uma “grande vitória” com outros partidos de direita.
A eleição foi vista como um referendo sobre a polarização da liderança de Netanyahu, e os resultados iniciais mostraram que o país continua profundamente dividido. As pesquisas de boca de urna costumam ser imprecisas, o que significa que os resultados finais, esperado nos próximos dias, ainda podem alterar o equilíbrio de poder.
Se estiverem em linha com as pesquisas, não há garantia de que Netanyahu ou seus oponentes conseguirão formar uma coalizão. “Todas as três opções estão sobre a mesa: um governo liderado por Netanyahu, uma mudança coalizão, e um governo interino, levando a uma quinta eleição”, afirma Yohanan Plesner, presidente do Instituto de Democracia de Israel.
Durante a campanha, Netanyahu enfatizou o grande sucesso de Israel na imunização contra o coronavírus. Ele moveu agressivamente o país para garantir o suficiente de vacinas para os 9,3 milhões de israelenses, e em três meses foi inoculada cerca de 80% de sua população adulta. Fonte: Associated Press.