• Júnior Cigano critica forma como saiu do UFC: ‘Não respeitam a história’

  • 20/03/2021 22:35
    Por Estadão

    Ex-detentor do cinturão peso-pesado do UFC, o lutador Júnior Cigano não poupou de críticas a organização da principal competição de MMA por sua saída no fim de 2020, depois de 13 anos de dedicação. Em entrevista ao canal Combate, o catarinense esclareceu sua situação, criticou a forma como foi conduzida a sua última luta, contra o francês Ciryl Gane, e deu indicações sobre qual será seu futuro no mundo da luta.

    “O jeito como a luta (contra Ciryl Gane) acabou roubou totalmente a minha atenção, eu esqueci de tudo ao meu redor e fiquei pensando naquela sacanagem que estavam fazendo comigo. Na minha opinião, a melhor palavra para explicar isso é essa: sacanagem. Agora, eu já estava esperando uma decisão nesse sentido do UFC, eles não respeitam história, não respeitam nada. Doze, treze anos na companhia, sempre dando o meu melhor e contribuindo com o esporte, mas para eles é apenas um negócio”, disse Cigano.

    O modo como foi agendada a luta seguinte à do francês, desconsiderando o histórico recente de concussões sofridas pelos dois lados, despertou alguns questionamentos em Cigano sobre o propósito que a organização teria com a realização do novo evento.

    “Eu estava vindo de concussão, assim como estava vindo também na luta com o Gané. Perigosa, foi com um golpe ilegal na nuca. Eu vindo de concussão e eles pediram que eu fizesse uma luta no dia 27 de março, contra o Tybura. Eu falei: ‘Caramba, não dá. Eu vou lá para perder de novo?’ Parece que estão querendo me usar de escada para os caras, pois não estão me dando tempo de nada. Vindo de uma concussão, achei até sem noção essa proposta. Eu neguei, então eles falaram que numa votação decidiram por me afastar, encerrar o meu contrato. Foi uma situação bem estranha e complicada, na verdade”, explicou o lutador, de 37 anos.

    Sobre o futuro, Cigano diz não ter nada definido por enquanto, mas comentou o convite feito por Ryan Bader, campeão do peso-pesado do Bellator. Além disso, o lutador brasileiro elogiou a organização de outras modalidades, se disse empolgado e promete estar envolvido em grandes competições.

    “Ryan Bader é um cara bastante perigoso, ele tem uma mão pesada, bate muito forte, é do wrestling. Sinceramente, acho que faríamos uma grande luta. Interessante ele se mostrar disposto a poder estar me enfrentando numa futura luta, e quem sabe, vamos ver como as coisas caminham junto do Bellator. tenho gostado das conversas que temos tido, vamos ver o que está por vir, mas sem dúvidas, algo bastante legal. O próprio PFL (Professional Fighters League), Bellator, vários eventos estão fazendo um trabalho legal. Uma das coisas que também me deixou empolgado foi o boxe”, finalizou.

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