11ª Mostra de Teatro de Petrópolis inicia exibições on-line com espetáculo convidado
Começa nesta sexta-feira (19), a exibição dos 10 espetáculos selecionados da 11ª Mostra de Teatro de Petrópolis. A partir da primeira hora do dia, à meia noite, o público poderá se programar para conhecer os trabalhos de artistas de Petrópolis escolhidos para esta edição do evento, que esse ano acontece totalmente on-line. As transmissões serão realizadas pelo canal do Youtube, por onde também estará disponível o vídeo do espetáculo convidado “Cheiro de Feijoada”. Será possível conferir um pouco do trabalho da atriz Ilea Ferraz, que também participa do evento com oficina e como jurada. A realização do evento é possível por meio de recursos obtidos pelos governos Federal e do Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc.
Durante 10 dias, até o dia 27, o público e a banca de jurados, formada pelo crítico teatral Sérgio Fonta, a atriz Iléa Ferraz e o produtor Sandro Rabello, poderão assistir os espetáculos a qualquer momento. E assim como os jurados, o público também poderá votar no melhor espetáculo. Opção é o que não vai faltar entre os selecionados: “Diário de Último Ato”, da Cia Plúmbea; “Mar de Mayã”, do Teatro de Garagem; “(R) Existir”, da Cia Teatro Livro Aberto; “Um Réquiem para Esmeralda”, do Grupo Palhastônicos e Teatro Circense Andança; “O Povo em Pé!”, da Satura Companhia de Teatro”; “Sem Palavras, Cem Risadas”, do Grupo Palhastônicos; “Mundo Cão ou a Incrível História do Cão sem Nome”, da Companhia Onírica; “A Mulher Maracanã”, do Denegrindo Coletivo de Teatro; “Nós”, da Sekreta Conexões Culturais; e “Tempos Verbais”, de Laércio Motta.
No dia 28 (domingo), será realizada uma live, para o anúncio dos vencedores por categoria. Além da premiação pela seleção, com R$ 6 mil, nesta segunda etapa os espetáculos serão avaliados nos quesitos: Melhor Espetáculo, Direção, Texto, Ator, Atriz, Trilha Sonora, Cenário, Figurino, Inovação e Categoria Especial. A novidade desta edição é a categoria Melhor Espetáculo por júri popular, na qual o público poderá votar no espetáculo de preferência.
Entre os selecionados tem espetáculos para todos os gostos:
“Diário de Último Ato”, da Cia Plúmbea – O espetáculo é um encontro íntimo entre a poeta Florbela Espanca e o público. Revive momento da trajetória em que ela se tranca no quarto, nas primeiras horas de 8 de dezembro de 1930, e deixa a recomendação de que não fosse incomodada até a manhã seguinte. É o último dia de vida de Florbela. Em cena, a atriz Ana Cecília Reis, com direção de Ronaldo Ventura.
“Mar de Mayã”, do Teatro de Garagem – O roteiro gira em torno do mar que invade uma pequena cidade e vai destruindo tudo o que encontra pela frente. Janú, um pescador não quer sair dali, enquanto Mayã, sua esposa anseia por mudança. Ela acaba morrendo no mar e em uma noite de lua cheia ela retorna na imaginação do atormentado pescador tentando seduzi-lo para seguir com ela em direção a sua nova morada. Em cena Paulo Marcos de Carvalho e Taís Alves, na direção de Josué Soares.
“(R) Existir”, da Cia Teatro Livro Aberto – O monólogo aborda o teatro, assim como o nome do espetáculo diz, é, sobre tudo resistência, que transcende o “existir” simplesmente, o “viver” cotidiano de cidadãos, sujeitos de direitos e deveres. Em cena, Fernando Vianna, sob direção de Márcio Negócio.
“Um Réquiem para Esmeralda”, do Grupo Palhastônicos e Teatro Circense Andança – O espetáculo apresenta a brasilidade explorada em um clássico Europeu. A partir da cultura popular com folguedos e multi tradições, a montagem traz outras cores à trama do Corcunda de Notre-Dame. No elenco, Andressa Hazboun, Dalus Gonçalves, Léo Gaviole, Luisa Alves, Renata Alves e Rose Assis, com direção de Madson José.
“O Povo em Pé!”, da Satura Companhia de Teatro” – O espetáculo apresenta conflitos e diálogos entre uma árvore centenária e o elemento fogo sobre questões que abordam diversas situações sobretudo, a ação do homem enquanto agente causador de queimadas e destruição da natureza. No elenco, Christiane Carvalho e Gabriel Cândido, dirigidos por Fred Justen.
“Sem Palavras, Cem Risadas”, do Grupo Palhastônicos – Cacareco, Flô Tulencya e Mortandela apresentam ao respeitável público cenas do circo tradicional O espetáculo mescla habilidades circenses, musicais e teatrais, mas com um desafio: sem palavras. No elenco Andressa Hazboun, Léo Gaviole e Madson José.
“Mundo Cão ou a Incrível História do Cão sem Nome”, da Companhia Onírica – O espetáculo aborda a história de um cachorro muito bonachão (Pelúcio) e uma gata muito mandona (Cat), que em meio a poesia de barris, latas, postes e ossos, o cão relembra sua história e de alguns ex-donos bem maluquinhos. Em cena, os atores Christiane Carvalho, Luciane Fortunatto, Lu de Oliveira e Nathan Cardoso são dirigidos por Paulo Marcos de Carvalho.
“A Mulher Maracanã”, do Denegrindo Coletivo de Teatro – É o que se pode denominar de “espetáculo-fundação” do Coletivo de teatro Denegrindo. A obra pretende narrar a historia de Soninha Maracanã, artista de grande importância na cidade de Petrópolis. No elenco, Ariel Barbosa com direção de Joice Marino.
“Nós”, da Sekreta Conexões Culturais – Espetáculo poético-musical que traz à luz da reflexão, situações de vulnerabilidade vividas por mulheres, descontetes com os padrões sociais impostos. O texto traz além da poética, a discussão sobre o direito de ser livre e poder fazer as próprias escolhas. Em cena Regina Elena Guimarães.
“Tempos Verbais”, de Laércio Motta – A peça apresenta três narrativas acerca da pandemia. Uma destinada ao passado, um reencontro virtual. Outra, destinada ao presente, um homem que tenta influenciar pessoas durante o isolamento social. E a última, destinada ao futuro, uma história sobre o fim do mundo. No elenco, Laércio Motta.