Dengue: epidemia no Rio põe Petrópolis em alerta
Em 2016 foram registrados 1.438.624 casos prováveis de dengue no país (até o dia 17 de setembro), segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde. Nesse período, a Região Sudeste registrou o maior número de casos prováveis (842.741 casos; 58,6%) em relação ao total do país. Devido à proximidade com o Rio, onde há risco de grave epidemia, a Vigilância Sanitária de Petrópolis vem trabalhando o ano todo orientado a população sobre as medidas de segurança.
O coordenador da Vigilância Sanitária, Eduardo de Lucena, disse que as pessoas precisam mudar seus hábitos, não deixando água parada. “O mosquito é oportunista e põe seus ovos em qualquer lugar onde encontra água parada, por isso as pessoas precisam tomar as medidas de prevenção, mas não próximo ao verão, mais durante o ano todo, pois doença surge em qualquer período”, comentou.
Eduardo de Lucena disse que as pessoas com dúvida podem ligar para o número 2231-0841, mas frisou que é fundamental que permitam a entrada dos agentes da Vigilância em suas casas. “Se não deixo um agente entrar na casa e não tomo as medidas de prevenção, acabando com todo acumulo de água, passo a ser responsável pelo meu vizinho”, afirmou, lembrando que “se cada um fizer a sua parte não teremos problemas com dengue, febre chikungunya e zika”.
Tudo indica, segundo especialistas, que, mais uma vez, o vilão da próxima estação já tem nome e sobrenome: Aedes aegypti. O calor e o grande volume de chuvas previstos para os próximos meses tendem a agravar o problema. Essa é uma combinação nefasta, porque aumenta o número de reservatórios potenciais para o mosquito. A temperatura ideal para proliferação é acima dos 30ºC, o que deverá ser comum no próximo verão. E a chuva também ajuda, uma vez que o Aedes coloca ovos em água limpa e parada.
A dengue e a chikungunya têm sintomas e sinais parecidos. Enquanto a dengue se destaca pelas dores no corpo, a chikungunya se destaca por dores e inchaço nas articulações. Já a Zika se destaca por uma febre mais baixa (ou ausência de febre), muitas manchas na pele e coceira no corpo.
Tradicionalmente, no fim do ano, há uma incidência maior de casos de dengue. Por isso, os Governos intensificam as ações de combate ao mosquito neste período, com a realização de mutirões e campanhas de conscientização. No entanto, o combate à dengue é um trabalho permanente. A população deve evitar o acúmulo de água em quaisquer tipos de recipiente, dentro e fora de casa, pois assim o mosquito não pode nascer. Para isso, é necessária uma ação ofensiva, com o objetivo de eliminar todos os criadouros internos como vasos, pratos de xaxim, pneus velhos, piscinas malcuidadas, lixos acumulados ou quaisquer outras coisas que possam reter água. Aliado a isso é necessário um trabalho de educação para que as pessoas possam não apenas combater o mosquito transmissor, como também se proteger da doença.