Servidores: greve é a última das opções

A Prefeitura de Petrópolis tem até está segunda-feira (12), às 14h, para fornecer à Caixa Econômica Federal todas as informações das contas dos servidores necessárias para que a agência efetue o pagamento da primeira parcela da gratificação de Natal. Os dados deverão ser entregues à agência 1651 da CEF, para que a mesma possa iniciar a transferência do pagamento para as contas individuais dos servidores públicos da cidade. 

O valor total de R$17.245.014,95, foi arrestado por meio de determinação judicial em sete contas diferentes, vinculadas ao governo. O prazo para apresentação dessas informações consta na decisão do juiz Alexandre Teixeira de Souza, expedida na noite da última sexta-feira, pela 4ª Vara Cível de Petrópolis. Apesar da boa notícia, o Sindicato dos Servidores Públicos de Petrópolis (Sisep) disse que vai acompanhar a movimentação do valor arrestado pelas contas bancárias. “Nós estamos felizes, mas sabemos que esse valor arrestado de várias contas diferentes, até ser transferido para a Caixa Econômica e começar a chegar nas contas dos servidores vai demorar bastante. Isso tudo é fruto dessa situação chata, lamentável pela qual nós, servidores, trabalhadores, estamos passando. Tudo isso porque estamos pacientemente acompanhando sem qualquer tipo de paralisação extrema”, descreveu Osvaldo Magalhães.

Para Osvaldo, a questão do atraso é muito além de falta de respeito. “Nós não estamos aqui para brigar. Estamos aqui para cobrar responsabilidade. A greve é a última das opções. Nós queremos respeito e responsabilidade por parte do governo e, claro, que a Justiça seja feita. Já pensou se a gente não recebe e decidir parar tudo? Se fechamos o pronto socorro, o Hospital Alcides Carneiro e os postos de saúde, a cidade entra num colapso! Onde não tem dinheiro, não tem trabalho”, explicou questionando. 

A agilidade do processo de transferência será cobrada não só pelo Sindicato, mas também pelos servidores, individualmente. “A folha de informações nossa já está rodada. O que tenho conhecimento desde sexta-feira é que os bancos podem tentar criar uma situação de impedimento, por processos burocráticos. 

Sendo assim, caso não tenha depositado nas nossas contas individuais a nossa primeira parcela até a terça-feira nós vamos entrar contra o banco, porque esse atraso está trazendo muitas dificuldades para o servidor. Já conseguimos garantir esse dinheiro, pelo arresto, que vai continuar. Aguardamos agora o banco tomar a posição de colocar o dinheiro em conta”, completou. 

Relembre o caso

A situação do 13º salário dos servidores do município se arrasta há várias semanas. Os funcioná- rios, que costumavam receber com meses de antecedência, desta vez acabaram ficando na mão. O caso virou ação judicial e terminou com o arresto de mais de R$ 17 milhões nas contas da PMP. O total necessário para pagar as duas parcelas é de R$ 34,6 milhões. No entanto, o prazo para pagamento da segunda parcela ainda não venceu