• Crespo diz que arbitragem foi obstáculo e se esquiva sobre paralisação do futebol

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  • 13/03/2021 22:04
    Por Estadão

    O técnico Hernán Crespo fez coro às críticas do atacante Luciano sobre a atuação da arbitragem, após a derrota do São Paulo, por 2 a 1, para o Novorizontino, pela 4.ª rodada do Campeonato Paulista. Para o argentino, a equipe são-paulina merecia vencer o duelo da tarde deste sábado. Nos últimos minutos do duelo, houve duas reclamações de pênalti por parte dos tricolores. A principal delas foi em um choque do atacante Luciano com o goleiro Giovanni dentro da área, em que o VAR preferiu manter a decisão de campo da árbitra Edina Alves.

    O treinador são-paulino afirmou que o apito foi um obstáculo para o time do Morumbi alcançar sua terceira vitória consecutiva no campeonato e entende que o lance deveria ter sido revisado junto ao monitor e, assim, seria assinalada a penalidade máxima. O argentino ponderou que nos últimos jogos houve decisões da arbitragem contra sua equipe, mas espera que no futuro a situação se inverta.

    “O pênalti houve, mas a árbitra não entendeu assim. Eu tenho uma ideia completamente diferente. Foi pênalti. Nós, do São Paulo, temos que ser muito maiores que uma decisão de arbitragem. Entendo que o erro é parte do jogo. Nessas quatro partidas, houve muitas decisões contra o São Paulo. Em algum momento, (espero) que isso se equilibre”, disse o treinador do São Paulo.

    Questionado sobre a decisão do governo do estado de suspender a prática de esportes coletivos, Crespo preferiu se esquivar e disse que sua opinião, a favor ou contra a paralisação, não é importante, uma vez que o tema é de saúde pública. O treinador, porém, se mostrou preocupado sobre os efeitos que uma pausa possa gerar, principalmente com relação ao preparo físico dos atletas, que podem perder massa muscular e, no futuro, estarem mais suscetíveis a lesões.

    “Eu sou um treinador de futebol e esse é o meu trabalho. Há gente do governo que deve tomar decisões muito mais importantes, que têm a ver com a saúde. Não creio que seja importante que eu esteja de acordo ou não. Nós estaremos à disposição do que o governo diga. Na Argentina, no ano passado, estivemos cinco meses sem jogar, e a preocupação era sobre a massa muscular que se perde e o retorno aos treinamentos, tendo que, em pouco tempo, jogar Libertadores e Campeonato (Argentino). Por isso, aumentaram as lesões, em todo o mundo. Espero que possamos solucionar o tema saúde pelo bem de todos”, comentou Crespo.

    O Campeonato Paulista é tratado internamente pelo clube são-paulino como um torneio cuja conquista é imprescindível para tirar o peso de não conquistar títulos relevantes desde 2012, quando ganhou a Copa Sul-Americana. Por isso, Crespo trata o campeonato com seriedade, um torneio para se respeitar, de onde pode se tirar boas experiências para o restante da temporada, que ainda tem Copa Libertadores, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.

    “Foi doloroso, porque é uma derrota, mas temos a tranquilidade para manter uma identidade. Não foi porque ganhamos de 4 a 0 do Santos que tínhamos que ganhar de seis hoje. É uma evolução. Viemos para trabalhar, melhorar e ninguém disse que vai ser fácil. Com dor, com trabalho, vamos conseguir”, avaliou o argentino.

    O avanço da pandemia do novo coronavírus no estado de São Paulo levou a novas restrições do governo estadual anunciadas na última quinta-feira. De acordo com a decisão, o Campeonato Paulista fica suspenso por 15 dias, ou seja, do dia 15 ao dia 30 de março. Clubes e Federação Paulista de Futebol discordam da decisão e terão novo encontro com representantes do governo de São Paulo na segunda-feira de manhã. Caso não seja viável um acordo para a continuidade dos jogos no estado, clubes já entraram em acordo para a realização das partidas em outros estados.

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