Sustentabilidade: marca petropolitana investe na produção de peças com fibras de garrafas pets
Sustentabilidade é o termo que move a nova geração de consumidores. Cada vez mais exigente, ele busca por produtos que se adequem aos princípios que defende: não agredir a natureza e aos animais, são alguns dos conceitos que os clientes estão buscando no século 21. Foi pensando nesse público-alvo que a marca petropolitana DNZ começou a investir na produção de peças feitas a partir de fibras de garrafas pets recicladas. Segundo Luís Felipe, diretor de marketing e novos projetos da empresa, a ideia surgiu porque a marca percebeu esse novo comportamento do público-alvo. A partir disso, fizeram uma parceria com a empresa que fornece a matéria-prima e conseguiram desenvolver a coleção que apresenta camisas e bermudas totalmente sustentáveis. E não para por aí. Para a coleção de outono, ele já adiantou algumas novidades: além das garrafas pets, a marca também vai investir na produção de roupas feitas com pneus reciclados.
A DNZ tem apenas um ano, mas agrega o valor e a qualidade da Diniz, que está há 34 anos no mercado. Juntas, desenvolvem produtos que atendem a todos os públicos. Enquanto a que está há mais tempo na área é direcionada para os homens com idades de 35 a 45 anos, a DNZ tem “uma pegada mais jovem”, como explicou Luís Felipe. Sempre atento aquilo que o cliente quer, ele disse que as roupas são inspiradas nas principais tendências nacionais e internacionais.
Além das peças feitas com o foco em sustentabilidade, ele apresentou também os pontos altos da nova coleção: o azul aparece como o protagonista da estação em calças, camisas e bermudas. Desde em peças totalmente jeans até em pequenos detalhes nos bolsos e nas golas. “Vimos que foi uma tendência muito forte nas passarelas mundo afora e resolvemos investir”, comentou.
Outra novidade da marca é o marmorizado color, que antes aparecia apenas no preto. O efeito dá a sensação de mármore em diferentes cores. A marca também produziu peças com serigrafia toque zero que não deixa a estampa áspera. Também está na nova coleção camisas com a textura devorê, um processo químico que “devora” partes do tecido. Neste caso, as peças são feitas com algodão e poliéster para conseguir o efeito ideal. Jeans rasgado, calças skinny e com elastano também são peças da nova coleção.
Todo esse investimento mostra o que o setor já vem percebendo há alguns anos: os homens também estão antenados nas tendências e querem andar na moda. “Nós estamos mais bem informados e com menos preconceitos”, acredita.
De acordo com Luís Felipe essa atenção com os novos comportamentos dos clientes fez com que a Diniz e a DNZ crescessem em 2016. Ao todo, a marca possui 6 lojas na Rua Teresa e conseguiu registrar crescimento de 10% esse ano, mesmo em um momento de crise econômica que todo o país se encontra e que a cidade sente os impactos. “Reinvenção é a palavra de ordem do século 21, onde os produtos tem ciclos menores, ou seja, produzimos mais modelos, em menor quantidade”, disse.
O diretor de marketing revelou ainda que a maior parte do processo de produção das roupas é feito pela própria fábrica que emprega 45 pessoas. “Nós desenvolvemos, criamos, cortamos e apenas a parte da montagem é que é feita por parceiros. Depois disso, a peça retorna para finalizarmos e fazermos a avaliação de qualidade”, revelou. Além da fábrica, as lojas da marca empregam mais 30 pessoas, totalizando 75 colaboradores diretos que fazem parte da líder em moda masculina da Rua Teresa.