Na primeira noite de restrições, maioria dos bares do Rio respeita regra
Na noite desta sexta-feira (5), a primeira em que bares e restaurantes do município do Rio de Janeiro deveriam fechar às 20h, por ordem da prefeitura, como medida para evitar aglomerações e combater a disseminação do coronavírus, a maioria dos estabelecimentos visitados pela reportagem seguiu a norma. Entre 20h e 22h, o Estadão passou por pelo menos 48 bares ou restaurantes nos bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon (zona sul), Tijuca, Grajaú, Praça da Bandeira (zona norte) e Lapa (centro). Apenas dois estavam abertos e recebendo clientes, um na avenida Atlântica, em Copacabana, e outro na Praça da Bandeira. Oito estavam funcionando, mas sem público no local (o que é permitido, já que o estabelecimento pode entregar comida depois das 20h), e 38 estavam fechados.
O decreto municipal previa o fechamento a partir das 17h, mas a seccional carioca da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-RJ) conseguiu uma ordem judicial provisória autorizando que esses estabelecimentos funcionassem até as 20h. A prefeitura vai recorrer, mas por enquanto o que vale é esse horário das 20h.
Às 21h, a rua Dias Ferreira, que a essa hora, especialmente às sextas-feiras e sábados, fica completamente tomada pelos frequentadores de bares e pessoas que bebem drinques na rua mesmo, nesta sexta-feira estava praticamente vazia. A mesma situação foi flagrada pela reportagem na avenida Mem de Sá, na Lapa, outro ponto tradicional de concentração de boêmios no Rio.
Outra regra que começou a vigorar nesta sexta-feira, a proibição da reunião de grupos de pessoas pelas ruas a partir das 23h, não foi cumprida pelo menos na zona sul do Rio. Entre 23h30 e meia-noite, a reportagem flagrou concentrações de pessoas, conversando nas ruas, em Copacabana e Ipanema.