Embaixador diz que Reino Unido continua apoiando entrada do Brasil na OCDE
O embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Wilson, parabenizou nesta terça-feira os “esforços” empenhados pelo País para adotar as recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na qual o Brasil deseja ingressar. Em evento de lançamento oficial do relatório da OCDE sobre a governança das estatais brasileiras, Wilson afirmou que o Reino Unido continua apoiando o processo de entrada do Brasil na organização.
“O Reino Unido tem desempenhado um papel importante na cooperação OCDE/Brasil”, disse o embaixador. “O relatório que será discutido é um trabalho impressionante. Parabenizamos o Brasil pelos esforços empenhados nesse projeto”, continuou Wilson.
O evento é realizado em meio a um clima de desconfiança sobre a ingerência do governo Bolsonaro em estatais, após o presidente mostrar insatisfação com a política de reajustes adotada pela Petrobras, e indicar o general Joaquim Silva e Luna para comandar a petroleira no lugar de Roberto Castello Branco.
A situação ainda é marcada por mais uma baixa na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, com a saída do secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), Amaro Gomes. No seu lugar, assumirá o secretário-adjunto, Ricardo Faria, que coordenou a elaboração de relatório sobre benefícios e auxílios para os empregados das estatais federais, divulgado no início do mês.
O governo brasileiro tem adotado uma série de medidas que se traduzem num esforço para fazer vingar sua candidatura a membro pleno da OCDE.
No âmbito das estatais, um passo recente foi dado quando o Ministério da Economia lançou o ‘Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais’, que reúne dados das 46 estatais de controle direto da União e consolida informações contábeis, de gastos com pessoal e reajustes salariais de pelo menos os últimos cinco anos, entre outros números.
O conteúdo foi antecipado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. À época, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord, destacou que, com o documento, o governo esperava dar cada vez mais transparência à situação das estatais brasileiras, uma das principais recomendações da OCDE.