• ‘It’s a Sin’ traz promotor dos EUA

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  • 02/03/2021 07:05
    Por Mariane Morisawa, especial para o Estadão / Estadão

    Durante 30 anos, Larry Krasner foi advogado criminalista e especialista em defesa de direitos civis – entre seus clientes, teve integrantes dos movimentos Black Lives Matter e Occupy Philadelphia. Mesmo sem vontade de parecer simpático, em 2017 ele foi eleito promotor da Filadélfia, com uma plataforma de reforma do sistema de justiça criminal, que costuma penalizar desproporcionalmente os mais pobres, negros e latinos. E agora é o personagem principal da série documental Philly D.A., de Ted Passon, Yoni Brook e Nicole Salazar, que participa do Festival de Berlim.

    Durante meses, os três tiveram acesso quase irrestrito aos escritórios da promotoria. “Teve quem dissesse ao Larry que era uma péssima ideia”, contou Brook ao Estadão. “Falaram: isso não se faz, é muito delicado. Porque há casos reais ali sendo discutidos. E esses promotores gostam de trabalhar com discrição. No sistema judiciário, o palco é o tribunal. E nós estamos vendo os bastidores, onde as decisões são tomadas.”

    Ao definir os tempos de pena, a permissão ou não de fiança e o valor de cada uma, a promotoria afeta diretamente a vida de milhares de pessoas. Só que isso faz com que Krasner bata de frente com a associação de policiais, ainda mais depois de o promotor acusar vários deles de mentir no tribunal para conseguir condenar pessoas. A série mostra que mesmo os bem-intencionados têm extrema dificuldade de realizar transformações, até por conta de suas próprias limitações.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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