Matagal na estrada gera risco no Vale das Videiras
A situação que se encontra a RJ 117, que dá acesso ao Vale das Videiras, está preocupando os moradores da região. A capina não é feita há mais de um ano e meio e, segundo os moradores, o problema fez com que o mato adentrasse a calçada e os animais peçonhentos, como as cobras, se aproximassem da população. O local é de grande movimentação de turistas e de pedestres. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) é o responsável pela limpeza da via e não respondeu ao contato até o fechamento desta edição.
Muitos pedestres utilizam a via por necessidade ou mesmo para fazer caminhadas, porém por medo de atropelamentos e ainda mais por medo de picadas de cobra, estão deixando as crianças em casa. Este é o caso de Aline Ribeiro, que tem dois filhos e mora no local desde que nasceu. Ela contou que o problema se agravou em novembro do ano passado, quando as chuvas tiveram mais frequência. “Quanto mais chove, mais cresce e tem lugar que já cresceram umas árvores pequenas em cima da calçada que passamos. Um dos meus filhos tem dois anos e quando saio deixo com uma vizinha. Como não tenho carro preciso andar a pé e tenho medo de sair com ele na rua”, conta.
Para quem não conhece, aparentemente não há calçada no local e o mato invadiu o acostamento. A capina de um dos trechos da RJ 117 foi realizada por um morador da região que fez a limpeza por medo de atropelamento. Alguns vizinhos de Aline confirmam que a capina e a poda de árvores do entorno já não é realizada há cerca de um ano e meio. Ela cobra dos órgãos competentes mais atenção, por ser um local que tem bastante movimentação de turistas e pedestres.
“Aqui vem muitos turistas de bicicleta e ultimamente tem ficado complicado. Uma amiga que caminha comigo contou que quando viu um caminhão se aproximar subiu na calçada e viu uma cobra também procurando por um local seguro. Ela ficou desesperada. Eu sempre vejo cobras mortas por todo o caminho, essa é uma cena corriqueira para quem passa ali com frequência”, afirma.
De acordo com a Coordenadoria de Epidemiologia, o soro antiofídico está disponível na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro, unidade referência para o atendimento a pessoas acidentadas por animais peçonhentos.