• Correção: Estoque total de crédito fica estável em janeiro, em R$ 4,020 tri

  • 25/02/2021 11:30
    Por Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues / Estadão

    A nota enviada anteriormente continha uma incorreção no último parágrafo. Os dados referem-se ao crédito ampliado apenas para empresas, e não para empresas e famílias. Segue a nota com o texto corrigido.

    O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro ficou estável em janeiro ante dezembro, em R$ 4,020 trilhões, informou nesta quinta-feira, 25, o Banco Central. Em 12 meses, houve alta de 16,0%.

    Os dados apresentados nesta quinta pelo BC são influenciados pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas – em especial, nos meses de março e abril do ano passado. Em meio à carência de recursos, famílias e empresas aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos.

    Em janeiro ante dezembro, houve alta de 0,6% no estoque para pessoas físicas e retração de 0,8% para pessoas jurídicas.

    De acordo com o BC, o estoque de crédito livre recuou 0,3% em janeiro, enquanto o de crédito direcionado apresentou alta de 0,3%.

    No crédito livre, houve alta de 0,4% no saldo para pessoas físicas no mês passado. Para as empresas, o estoque caiu 1,0% no período.

    O BC informou ainda que o total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 54,2% para 54,1% na passagem de dezembro para janeiro.

    Habitação e veículos

    O estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,7% em janeiro ante dezembro, totalizando R$ 717,722 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses até janeiro, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 12,1%.

    Já o estoque de operações de crédito livre para compra de veículos por pessoa física subiu 0,8% em janeiro ante dezembro, para R$ 222,031 bilhões. Em 12 meses, houve alta de 7,3%.

    Setores

    Em meio à pandemia do novo coronavírus, o saldo de crédito para as empresas do setor de agropecuária subiu 0,7% em janeiro, para R$ 33,634 bilhões, informou o Banco Central.

    Já o saldo para a indústria recuou 1,4%, para R$ 716,706 bilhões. O montante para o setor de serviços teve baixa de 0,9%, para R$ 1,009 trilhão.

    No caso do crédito para pessoa jurídica com sede no exterior e créditos não classificados (outros), o saldo subiu 812,8%, aos R$ 4,199 bilhões.

    BNDES

    O saldo de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas teve baixa de 0,3% em janeiro ante dezembro, somando R$ 387,928 bilhões, informou o Banco Central. Em 12 meses, há uma alta acumulada de 2,0%.

    Em janeiro, houve queda de 1,8% nas linhas de financiamento agroindustrial do BNDES, baixa de 0,3% no financiamento de investimentos e retração de 1,6% no saldo de capital de giro.

    Setor não financeiro

    O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro subiu 1,1% em janeiro ante dezembro, para R$ 12,085 trilhões. O montante equivale a 162,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, conforme dados divulgados pelo Banco Central.

    O crédito ampliado inclui, entre outras, as operações de empréstimos feitas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e as operações com títulos públicos e privados. A medida permite uma visão mais ampla sobre como empresas, famílias e o governo geral estão se financiando, ao abarcar não apenas os empréstimos bancários.

    No caso específico de empresas, o saldo do crédito ampliado avançou 1,5% em janeiro ante dezembro, para R$ 4,193 trilhões. O montante equivale a 56,4% do PIB.

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