Casas populares na Posse: impasse sobre animais de estimação permanece
Moradores da Posse que já estão mudando para o Conjunto Habitacional do Córrego Grande se preocupam com o destino que será dado aos seus animais de estimação. Uma suposta regra de proibição passada aos novos habitantes por pessoas ligadas à empresa responsável pelos imóveis acabou gerando polêmica e grande preocupação tanto para os moradores quanto para as protetoras de animais.
A coordenadora da ong Anima Vida, Ana Cristina, quando informada sobre a situação, acionou a Comissão de Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – subseção Petrópolis, para buscar uma alternativa de diálogo e acordo, na tentativa de impedir que os animais sejam abandonados nas ruas. “Nós recebemos as ligações no Dia de Finados, quando moradores do condomínio e protetoras locais nos chamaram, porque havia grande preocupação com a destinação que seria dada a esses animais. Se eles proibissem de levar cachorros e gatos para lá as pessoas teriam que dar um jeito e, com certeza, isso acarretaria no abandono de animais nas ruas”, explicou.
Depois de denúncias e tentativas de acordo, a ong finalmente conseguiu um posicionamento favorável. O acordo foi feito numa reunião na semana passada, entre membros do Anima Vida, Setrac e Cobea. “A presidente da Comissão da Defesa dos Animais da OAB esteve na Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac) a fim de buscar um acordo, mas vimos que eles não estão acompanhando esse processo. Aí começou a haver divergência nas informações: a prefeitura falava uma coisa e lá no condomínio falavam outra. Foi aí que a Coordenadoria de Bem-Estar Animal (Cobea) se posicionou e estabeleceu que cada morador leve até dois animais de médio porte para cada apartamento”, confirmou Ana Cristina.
“A gente está aqui no suspense. Esperamos agora a confirmação dos próprios administradores do condomínio para que eles possam levar os animais para lá. Acho que esse será mais um grande avanço da nossa luta pela proteção dos animais”, disse uma das protetoras.
O sentimento agora é de expectativa. Os moradores aguardam um posicionamento dos responsáveis pelo condomínio para respirar aliviados.