• O real ciclo da vida

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  • 08/03/2018 12:50

    Quem poderá definir o verdadeiro significado do ciclo da vida material sem se apoiar na incógnita superior, tão profunda quanto misteriosa? Por mais que a ciência queira pesquisar e os estudiosos do setor queiram decifrar, só se poderá alcançar a realidade com total humildade no saber, procurando a abstrata mas concreta espiritualidade.

    A maioria das pessoas se apoia numa religiosidade indiferente e, muitos, de fachada, seguindo seu caminho materialista – mesmo que se afirme o contrário – se no subconsciente, classificam como meta de vida o poder, o dinheiro e o sexo, quando tais anseios não podem servir como meta por ser uma consequência natural e necessária na vida material – mas não as principais.

    Quando, na flor da idade, iniciamos nossa jornada ao futuro, pouco vislumbramos da real necessidade de entendê-la e por isto, pisamos displicentemente em cascalhos, tropeçamos transpondo muros e pontes sem olhar e sem aquilatar para onde se chegará. Com o tempo e a vivência, seguindo os conselhos éticos de berço, nos conscientizamos melhor do valor da vida mas quando alcançamos quase o fim da estrada, temos a necessidade e obrigação de olhar para trás e analisar nossas pegadas. Por isto é preciso preservar um passado probo para analisarmos nossos erros e acertos na prestação de contas ao final da caminhada.

    Na verdade, alguns possuem uma crença ferrenha de que nossa vida material é passageira e não por acaso, mas com meta determinada e, diante de tantos fatos presenciados – cada um de uma maneira e que muitos classificam de “coincidência”, temos que reconhecer a existência de um ser superior que a tudo comanda pois, certamente, nada acontece por acaso.

    E é no passado que temos necessidade de nos espelhar, quando a maioria prefere desprezá-lo por já ter “passado” e que só devemos usufruir do presente que vem a ser um “presente” divino. Ledo engano pois, na realidade, só existem passado e futuro pois o chamado “presente” é mais passageiro qual vento vindo em lufadas, se perdendo adiante. Por isto escrevi – “CICLO DE VIDA”:

    “Presente, futuro – e o passado, onde fica?/ Passado é memória da vida da gente:/ tristezas, amores, mesmo tudo ausente,/ compõe nosso ciclo e trajeto de vida.

    Passado é que pesa e que dá acolhida,/ que dá alicerce ao futuro e presente,/ aloja a vivência e sinaliza a mente,/ que traz, à deriva, lembrança esquecida.

    Instável presente que não se sustenta,/ ausente esperança, futuro sem luz,/ nos traz incerteza com toda tormenta.

    Se a dúvida for a tenaz fé cristã,/ melhor aceitarmos tão durável cruz,/ orando na espera de um certo amanhã”.

    Assim, Confúcio já nos alertava – “Se queres prever o futuro, estuda o passado”. jrobertogullino@gmail.com


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