• Focos de incêndio voltam a aparecer no Morin e Corpo de Bombeiros utiliza helicóptero novamente

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  • 15/07/2016 15:15

    Na manhã de hoje, o fogo que havia sido extinto na quinta-feira pelo Corpo de Bombeiros no bairro Morin, voltou a consumir parte da área de preservação ambiental, principalmente próximo as torres das empresas de telecomunicação, que chegaram a ser parcialmente atingidas pelo fogo na terça-feira. No quarto dia de incêndio estima-se que ao menos 35 mil m2 de vegetação tenham sido destruídos. Porém, esse número pode mudar para mais ou menos, após um novo balanço aéreo. Três equipes do GBM, com um total de oito militares, junto com nove brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio), foram deslocados para a região afetada e combateram por terra o foco principal das chamas, realizando uma “linha fria” ao entorno do fogo para tentar impedir que ele se espalhasse. 

    Por volta das 11h, o Helicóptero que vem dando suporte as operações chegou ao local. O reforço foi solicitado pelos bombeiros que estão atuando no posto de comando avançado, montado em uma quadra do bairro, próximo a Escola Municipal Luiz Carlos Soares. É nesta “base”, que o Helicóptero é abastecido com querosene de aviação, e também pega água para jogar estrategicamente nos focos de incêndio. As coordenadas são passadas pelos militares que combatem as chamas por terra, e colocadas no GPS da aeronave. Desta forma, o piloto tenta despejar a água o mais próximo possível do ponto indicado. 

    Na quinta-feira, ao menos 11 “ataques” de água foram feitos pelos bombeiros através do Helicóptero, que tem capacidade para quase 500 litros de água em cada despejo. De acordo com o capitão Pingarilho, até o momento não há registro de animais mortos na região. “Nós do corpo de bombeiros ainda não temos nenhum registro de animais mortos, mas não tenho os dados do ICM-Bio. O que é mais importante ressaltar é justamente essa falta de consciência ambiental. Esta queimada mesmo foi provocada por fogos de artifícios soltos de um balão. A irresponsabilidade aliada ao tipo de vegetação que existe em Petrópolis, é o que mais dificulta o controle das chamas. Isso porque as áreas são de difícil acesso e o material de turfa (alta combustão), encontrado na região também complica ainda mais a situação. Apesar disso, por enquanto não vemos novos riscos as torres de telecomunicações”, explicou. 

    O número de registros de fogo em vegetação aumentou nos últimos cinco anos em Petrópolis. Segundo dados do 15º Grupamento de Bombeiro Militar (GBM), entre os meses de junho e julho, o crescimento foi de 97,56%, ou seja, dobrou. O registro de 2016 é ainda mais alarmante, se considerarmos que só no mês de abril, foram 44 chamados. O número é superior ao registrado nos primeiros 6 meses de 2015 – 42. De janeiro a junho desse ano, foram 81 registros. Para o Corpo de Bombeiros, a antecipação do período de estiagem, foi um dos fatores que motivou o aumento de ocorrências. Além disso, entre os meses de junho e julho, o problema é agravado pela presença de balões, devido as festas juninas e julinas. 

    Clima tempo alerta para queda nas temperaturas e chuva hoje

    De acordo com o Clima Tempo, há previsão de chuva para Petrópolis apenas no sábado, mas não serão todas as áreas que terão chuva. As pancadas ocorrem de forma isolada, principalmente a partir da noite e madrugada. O avanço de uma nova frente fria vai levar mais umidade para a região e ocorre um aumento de nuvens entre o sábado e a próxima segunda-feira, mas sem expectativa de chuva nos demais dias. O avanço da massa de ar polar vai ajudar a manter a temperatura mais baixa. São esperadas temperaturas máximas perto ou abaixo de 20ºC e mínimas abaixo de 10ºC.

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