• Vigilantes demitidos do Sesc fazem manifestação para receber direitos trabalhistas

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  • 14/07/2017 14:50

    Os vigilantes demitidos pela empresa Hercules Serviços de Vigilância (terceirizada contratada pelo Sesc), com sede do Rio de Janeiro, se manifestaram na manhã desta sexta-feira (14) em frente ao Palácio Quitandinha para exigir o pagamento dos direitos trabalhistas que não foram concedidos. Trinta e nove funcionários da Região Serrana foram dispensados em junho deste ano. O presidente do sindicato dos vigilantes, Adriano Linhares, ressaltou que está auxiliando a categoria, que já acionou a empresa judicialmente para garantir o pagamento dos funcionários. 

    No último dia 7 acabou o prazo da empresa em pagar horas extras, décimo terceiro salário e multa de 40%. Além disso, os funcionários não conseguiram nem sacar o FGTS e nem dar entrada no seguro-desemprego. Como solução provisória muitos estão pedindo ajuda a familiares para poder pagar contas e arcar com gastos do dia a dia, como alimentação por exemplo. 

    “Na primeira rodada de negociação a empresa ofereceu em pagar apenas sete dias trabalhados e 6/12 do décimo terceiro. A rescisão seria de apenas R$ 700. E os outros direitos não seriam quitados. Desse jeito não poderíamos aceitar. Já estamos passando dificuldades e o que estão fazendo é uma covardia. Não liberar nem o seguro?", questionou o vigilante Marcelo Andriolo.

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    Desde o início do ano, o Sesc já demitiu em todo o Estado do Rio de Janeiro pelo menos 900 pessoas, em Petrópolis são mais de 90 profissionais que atuavam em diversas áreas nas duas unidades. Uma das causas das demissões pode ser o desvio de R$ 46 milhões da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ).

    O desvio está sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que constatou que o presidente da Fecomércio/RJ, Orlando Diniz, que acumula o cargo com a presidência dos conselhos regionais do Sesc e do Senac do Rio de Janeiro, fez com que essas entidades reconhecessem que deviam à entidade os mesmos valores que elas já haviam repassado à Confederação Nacional do Comércio (CNC). Segundo o TCU houve um prejuízo aos caixas do Sesc e Senac que beneficiou indevidamente a Fecomércio.

    De acordo com o TCU, a dívida, de R$ 46 milhões, é da CNC para com a Fecomércio/RJ e ao utilizar os fundos das administrações regionais do Sesc e do Senac para pagar os débitos da Confederação junto à Federação, houve um prejuízo aos caixas do Sesc e do Senac ao pagar de forma duplicada a mesma obrigação, primeiro à CNC e depois a Fecomércio/RJ.


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