• Verba que seria usada na compra de merenda foi arrestada pela Justiça

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  • 05/01/2017 10:50

    A primeira visita da atual gestão da Secretaria de Educação no depósito da merenda escolar constatou um colapso no estoque na merenda escolar do município. O levantamento foi feito a partir de um pedido do prefeito Bernardo Rossi. Uma conferência nas contas verificou que uma verba federal de R$ 1,059 milhão que deveria ter sido utilizada para a merenda foi arrestado para pagar o funcionalismo. Os alimentos encontrados no estoque só garantem merenda até março. Além disso, para que os demais gêneros sejam comprados uma dívida de R$ 800 mil, incluída no valor total de R$ 3 milhões deve ser paga.

    Ao contrário do que a gestão anterior afirmou, de que os produtos cobririam três meses de merenda, 46 gêneros alimentícios foram licitados, mas ainda não foram pagos. Além disso, dos 26 gêneros que estão armazenados no local, a maioria garantirá apenas um mês de fornecimento em toda rede municipal de ensino. Outro agravante diz respeito a divida com os fornecedores que chega a aproximadamente R$ 3 milhões e 300 mil.

    “Não podemos aceitar uma circunstância como essa. È um absurdo. A questão da alimentação dos nossos alunos deve ser tratada com total prioridade. Vamos reverter essa situação e garantir a qualidade da merenda para todos os estudantes”, afirmou o prefeito Bernardo Rossi.

    Segundo o secretário de Educação, Anderson Juliano, o total de produtos e os gêneros que estão no depósito não garantem uma refeição completa para as crianças e, para conseguir adquirir os outros alimentos indispensáveis, como carnes e legumes, a dívida terá que ser paga.

    “A irresponsabilidade da última gestão foi tanta que os produtos alimentícios que estão no depósito não completam uma alimentação balanceada, ou seja, como atenderemos as crianças sem poder oferecer a elas a alimentação necessária? É uma situação grave. Além disso, para comprar os outros produtos necessários para a composição dos pratos, teremos antes que pagar a dívida com os fornecedores”, disse Anderson Juliano.

    A verificação foi feita pela equipe que assumiu no dia 2 de janeiro o controle pelo depósito da merenda. De acordo com o relatório que foi entregue ao secretário de Educação, Anderson Juliano, dos 75 gêneros necessários para o atendimento do cardápio balanceado, apenas 26 estão armazenados no depósito central. Destes, cinco gêneros terão a duração entre dois e três meses. São biscoitos, chocolate em pó e feijão-preto. Outros três tipos durarão apenas um mês e meio: amido, flocos de milho e macarrão parafuso. Com duração de um mês estão o alho, o arroz e o macarrão espaguete. Já outros 14 gêneros possuem saldo insuficiente para um mês, como açúcar, biscoito maisena, goiabada, ervilha seca, milho em conserva e peito de frango.

    A verificação também constatou que 46 gêneros possuem saldo contratado, ou seja, foram licitados, mas, o pagamento não foi feito. Entre eles estão o sal, as carnes, que têm duração média de cinco semanas, os produtos não perecíveis, com validade de dois meses e meio e os produtos provenientes dos contratos hortifrutigranjeiros, que tem duração média de três semanas.

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