• Trabalhadores lutam por indenizações

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  • 19/04/2017 11:00

    Cerca de 40 ex-funcionários da Garboni se reuniram na manhã de ontem, na sede do Sindicato da Indústria de Materiais Plásticos (Sindquimp Serrano) para buscar informações sobre as ações trabalhistas que correm na Justiça. Os trabalhadores cobram o pagamento das rescisões que ainda não foram pagas pela empresa. 

    Ao todo 90 ex-funcionários da empresa aguardam o pagamento dos direitos trabalhistas. Em outubro do ano passado, eles conseguiram, por meio do sindicato assinar os acordos da rescisão do trabalho. Com isso, receberam parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e dar entrada no seguro desemprego. 

    “Após a assinatura das rescisões, eles entraram com ações na Justiça do Trabalho para receberem os direitos trabalhistas. Já entramos com petições para penhorar o imóvel onde a fábrica funciona e também pedimos para que o proprietário da empresa seja desvinculado do processo, assim ele pode responder como fiel depositário. Desde 2008 a empresa vem demitindo seus funcionários, alguns com 20 anos de casa”, explicou o presidente do sindicato, José Carlos Kopke Leitão.

    Em outubro do ano passado, a empresa demitiu de uma única vez 50 funcionários. Eles estavam com os salários e os vales transportes atrasados há dois meses. Na época, o sindicato também denunciou a Garboni pela falta do recolhimento do INSS e do depósito do FGTS. “Eu tinha 16 anos de casa quando fui demitido em outubro do ano passado. Estava sem receber o salário há dois meses. O que queremos é que os nossos direitos trabalhistas sejam pagos, por isso essa reunião aqui no sindicato para que eles possam, junto com a gente cobrar da empresa e nos orientar sobre as ações que estão correndo na justiça”, disse Fábio Alves Pereira, de 42 anos.

    A maior preocupação dos ex-funcionários é com o destino dos equipamentos da empresa, que segundo eles estariam sendo retiradas da sede da fábrica, no Quitandinha. “Fui demitido em 2011 e até hoje não recebi nada. Estamos preocupados com a demora porque estamos vendo que estão retirando má- quinas de dentro da fábrica. A qualquer momento ela pode fechar e como vamos ficar?”, questionou José Ricardo Marciano Pereira, de 50 anos. 

    A direção da empresa ressaltou que “entende todas as dificuldades dos funcionários mas que diante da crise financeira que o país e o Estado enfrentam, a empresa vem trabalhando para cumprir todos os compromissos”. A Garboni foi fundada em 1978 e fabrica tampas plásticas.

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