• TEP – 60 anos!

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  • 20/05/2016 08:00

    0 TEP – Teatro Experimental Petropolitano, completou no dia 15 de março de 2016 uma bela idade: 60 anos !

    E, agora, o 20 de maio assinala os 60 anos da estréia do 1º espetáculo do grupo cênico, a peça em 4 atos. de Reynaldo Heitor de Souza, “A Canção dos Indigentes”, no Teatro Santa Cecilia, que ficou em cartaz, com casas cheias, durante uma semana inteira e com reprise em junho do mesmo ano, totalizando 10 representações.

    Ninguém contesta que o TEP foi o principal mantenedor da atividade teatral em tempos de uma campanha que abraçou resolutamente: "Petrópolis precisa de um Teatro !". O Município, pelos anos cinquenta – bela fase ! – na área do entretenimento, era bem servido por cinemas: Petrópolis, Capitólio e D. Pedro, da rede de Luiz Severiano Ribeiro, surgindo outras casas como o Miragem e o Mini-Cinema, do empresário Mauricio Coutinho, Esperanto, de José Varanda, Imperador, de Adyr F. Thomaz; Mariano, da Congregação Mariana, Santa Teresa (Garcia em uma fase), no Alto da Serra, Art-Palácio, no prédio da Escola de Música Santa Cecilia, todos atisfazendo o gosto dos cinéfilos. Nos clubes do centro, bairros, distritos, exercia-se o divertimento social, com salões apropriados para bailes e múltipas atividades. Citação especialíssima para a grande empresa de Wilson Carneiro Malta, a PRD.3 – Petrópolis Rádio Difusora, com estúdios e auditório no sobrado da Casa D´Ângelo. Tanto a Rádio Difusora, como os cinemas e os clubes, possuiam pequenos palcos, todos impróprios para a atividade teatral. Duas exceções eram: o Art-Palácio, instalado no excelente Teatro Santa Cecilia e o D. Pedro, no Teatro D. Pedro, as duas casas edificadas para a atividade teatral, arrendadas para cinemas.

    Coube ao TEP a missão de integrar os grupos existentes, porém encolhidos, sem atuarem, sem espaços para seus espetáculos. Os dirigentes do TEP conseguiram bom espaço no prédio do Sindicato dos Têxteis, disponibilizado para o grupo pelo diretor Jose Maria Barbosa. Ali se realizaram ensaios e montagens de peças, sob condições tão precárias quanto heróicas. Dai para diante as peças eram encenadas em vários espaços, bastante inadequados, como refeitórios fabris, clubes, praças públicas, ginásios esportivos, salaas de aula, salas de recreação, continuando o TEP, sob o mesmo entusiasmo da fundação, a fazer teatro, revelar valores, buscar alimento para o ideal.

    É uma boa história para contar, relembrar, homenagear pioneiros e diletantes, marcar a data aniversária.

    É o que faço, prometendo em outros artigos, comentar um pouco mais tantas atividades e citar nomes de mais de uma centena de participantes do grupo, que estão por merecer o carinho da lembrança e do reconhecimento.

    É matéria para mais adiante.

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