• Técnica de impressão 3D acelera revisão de turbinas

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  • 13/07/2018 17:22

    A GE Celma, unidade da GE Aviation no Brasil, localizada em Petrópolis, deu mais um importante passo para o futuro da aviação. Neste mês, iniciou o processo de impressão 3D de nylon reforçado com fibra de carbono para ajudar em diferentes etapas do processo de revisão e manutenção de peças e motores aeronáuticos. Esta nova tecnologia vai permitir a criação de protótipos funcionais, ferramentas e gabaritos com ainda mais qualidade, resistência e leveza. Além disso, todo o processo será mais ágil, com a otimização de fluxos, e a operação cada vez mais personalizada. Sem contar na economia de materiais e na redução dos custos dos processos, o que poderá gerar uma economia de cerca de R$ 1 milhão por ano. 

    Presente na GE Celma desde 2015, a manufatura aditiva é utilizada para a produção de dispositivos para mascaramento, jateamento, pintura, aplicação de lubrificantes, gabaritos e ferramental de geometria complexa. A nova impressão de nylon 12CF FDM – um termoplástico com fibras de carbono forte o suficiente para substituir componentes metálicos – possibilitará também a impressão de peças com alta resistência térmica e química. “Até o ano passado, utilizávamos o termoplástico ABS como matéria-prima e a aplicação era limitada devido as propriedades do material. Com a aquisição do novo equipamento, ampliamos as oportunidades de uso, uma vez que o nylon reforçado com fibra de carbono possui excelentes propriedades térmicas, químicas e mecânicas”, explica Rodolpho Pereira, engenheiro de reparos e líder de manufatura aditiva da GE na América Latina.

    Para se ter uma ideia do cenário da manufatura aditiva na GE Celma, no modo tradicional – sem o uso de uma impressora 3D, o processo envolvendo o desenho e a construção de uma ferramenta leva cerca de 60 dias. Com a manufatura aditiva, é possível reduzir este intervalo para poucos dias. Somente em 2016, a GE Celma gastou cerca de 51 mil horas em processos de mascaramento para atividades de jateamento, plasma e aplicação de lubrificantes. Com a nova tecnologia, a tendência é que esse tempo seja reduzido pela metade.

    Para Julio Talon, presidente da GE Celma, além de trazer mais qualidade e produtividade ao negócio, a manufatura aditiva agrega um fator importante para a produção: a versatilidade. “A impressão 3D abre um enorme leque de possibilidades de inovação, o que é essencial para o desenvolvimento de soluções para os nossos clientes. Estima-se que a aplicação desta tecnologia aumente de forma significativa nos próximos cinco anos”, complementa.


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