• Sustentabilidade: Condomínio da 16 de Março separa todo o lixo reciclável

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  • 11/03/2018 08:00

    A consciência ambiental ainda está longe de ser a ideal em muitas partes do Brasil, e Petrópolis não está fora desta estatística em alguns aspectos. Um deles é a coleta seletiva! Em 2017, a Comdep recolheu 665 mil quilos de material reciclável na cidade. Em janeiro de 2018, foram coletados quase 31,5 mil quilos. Por dia são recolhidas cerca de 400 toneladas de lixo comum no município, e boa parte dele poderia ajudar a compor a coleta seletiva, mas atualmente a minoria dos petropolitanos faz a separação correta do lixo. 

    Ainda mais os que não vivem nos bairros que contam com o serviço como: Bingen, Mosela, Valparaíso, Morin, Alto da Serra e Castrioto, e que por isso precisam levar o material nos dois ecopontos existentes na Mosela e no Parque Municipal de Itaipava. Neste segundo caso, é possível obter descontos na conta de luz levando os materiais para os ecopontos, onde ele é pesado e é calculado o valor do abatimento. Apesar disso, ainda tem gente se preocupando com o meio ambiente e que faz questão de contribuir da forma como pode para a preservação do planeta.

    Uma delas é a síndica Lígia de França Silva Terra, que assumiu a direção do prédio onde mora na Rua Dezesseis de Março, em 2012 e desde então implementou nos 31 apartamentos a opção da coleta seletiva. A ideia foi discutida durante uma reunião de condomínio e prontamente atendida pelos moradores. “Não sei ao certo quanto de lixo reciclável separamos por mês, mas sei que, pelo menos, um ou dois sacos desse tipo de material é separado por dia por condômino”, disse satisfeita. 

    Para facilitar o trabalho de recolhimento cada andar conta com uma lixeira destinada a coleta seletiva. Então um funcionário do prédio recolhe o lixo e coloca em sacos específicos cedidos pela Comdep. “Eles nos entregam cerca de seis a sete sacos para o lixo reciclável por semana. Nós deixamos tudo embalado na calçada e eles recolhem três vezes por semana, normalmente na parte da noite”, explicou Lígia. 

    A comerciante Sandra, que mora no edifício, afirma que logo que a proposta foi feita, ela aderiu a coleta seletiva. “Esse trabalho, que na verdade não dá tanto trabalho assim, é extremamente necessário e benéfico para todos. Por isso todos os dias retiro de casa pelo menos um saco com materiais recicláveis”, afirmou. A coleta no local é feita as segundas, quartas e sextas-feiras. 

    Os materiais que podem ser doados para reciclagem são: papeis, metais, plásticos, óleo vegetal, e tudo que for lixo seco (nada orgânico). Os ecopontos somente não recebem isopor e papel laminado. Mas até o vidro, que a Enel não leva ainda, a Comdep recebe para reciclar.

    Desde maio do ano passado, quando a coleta seletiva foi normalizada, todo lixo reciclável recolhido na cidade é levado para o Centro de Reciclagem de Cascatinha. O material é separado pela própria Comdep e pela Cooperativa Deus da Guerra, que comercializa todo material que separa. Para solicitar o serviço de coleta seletiva é preciso ligar para o Centro de Triagem de Cascatinha: 2235-8427.

    Falta de adesão a coleta seletiva deixa cooperativas em situação crítica

    A falta de conscientização ambiental não prejudica apenas o meio ambiente. As cooperativas ambientais também forem com a pouca quantidade de resíduos reaproveitáveis entregues. Esta é a situação da Cooperativa de Reciclagem D,Esperança, localizada na Rua Duarte da Silveira, n°1.800. O espaço tem reciclado de 4 à 5 toneladas de lixo por mês, e conta com doações de material de empresas, pessoas físicas, Comdep, e quem mais quiser ajudar.

    Com a pouca adesão os 10 colaboradores da cooperativa só têm conseguido ganhar cerca de R$ 70 por semana. Outro problema é que boa parte do espaço que poderia ser utilizados para outros fins, está ocupado com cerca de 10 toneladas de vidro, material que a cooperativa não recicla, mas que são deixados junto com outros materiais nas doações. “Os compradores de vidro que tínhamos são do Rio de Janeiro e eles não têm vindo à cidade. Com isso não ganhamos dinheiro, e ainda ficamos com o galpão ocupado”, lamentou a presidente da cooperativa Marli Souza. 

    Quem quiser agendar a coleta seletiva da cooperativa pode enviar um e-mail para o endereço:  coop.reciclagem@gmail.com. O local funciona de segunda à sexta das 8h às 17h. 

    Ecopontos 

    O ecoponto no Parque Municipal de Itaipava possui um contêiner tem cerca de 2,5 metros de largura e oito metros de comprimento. Ele foi instalado no pela concessionária de distribuição de energia, a Enel, que também é responsável pelo maquinário utilizado (computador, balança para pesagem do material). Os funcionários da Comdep fazem o cálculo do desconto na conta de luz e  os novos cadastros de pessoas interessadas em participar da coleta seletiva.

    O cálculo do desconto é feito com base no peso do material arrecadado, que é multiplicado pelo preço do quilo de cada material, que depois é pago pela Ampla. Aí a pessoa se cadastra e recebe automaticamente o desconto na próxima fatura. O outro ecoponto fica na Mosela, na esquina da Rua Carlos Gomes com a Rua Mosela. Atualmente, mais de 709 pessoas fazem a coleta seletiva e conseguem descontos na conta de luz. Apenas em 2017, foram 164 adesões. Quase 50 toneladas de materiais recicláveis foram arrecadadas até setembro do mesmo ano.

    É possível abater a conta de luz levando materiais como papel e papelão; garrafas de plástico de refrigerante (garrafas PET); latas de cerveja e refrigerante; embalagens tipo longa vida; embalagens de vidro (garrafas de cerveja, refrigerantes, copos, vidro de café solúvel, aguardente etc); ferros em geral; plásticos (embalagens de detergente, água sanitária, margarina, copos etc). O único cuidado necessário é levar os resíduos limpos – caso contrário, eles podem ser contaminados e acabar não sendo reciclados.

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