• Sindicato denuncia a Garboni para o Ministério do Trabalho

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  • 06/10/2016 15:55

    O Sindicato da Indústria de Materiais Plásticos de Petrópolis (Sindquimp) está encaminhando um ofício ao Ministério do Trabalho para denunciar atrasos de pagamento e férias aos funcionários da Garboni. A fábrica de moldes de termoplásticos e tampas plásticas, que funciona no Quitandinha, também voltou a demitir, alegando dificuldades econômicas. De acordo com os funcionários, após atrasar os pagamentos referentes a dois meses, a empresa dispensou cerca de 70 colaboradores, de um total de 180. Já o Sindquimp informou que, embora a fábrica não tenha comunicado oficialmente o número de demissões, os trabalhadores já começaram a entrar em contato solicitando a assessoria jurídica do sindicato. 

    Uma ex-colaboradora que preferiu não se identificar contou que a situação da empresa está bem difícil e que, em 12 meses, que trabalhou na fábrica, só recebeu o salário em dia uma vez. Segundo José Kopke, presidente do Sindquimp as demissões da Garboni já não são mais novidades, uma vez que a empresa vem adotando essa prática há anos. “É um caso que se repete. Apesar disso, ficamos surpresos ao recebermos a notícia de mais demissões”, disse.

    José Kopke acrescentou que o quadro de colaboradores já está bem reduzido. “A impressão que temos é que a situação se agravou e, por isso estamos oficiando o Ministério do Trabalho, para comunicar a condição em que os trabalhadores estão”, disse. 

    O Sindicato também está organizando uma reunião com os colaboradores para a semana que vem para que sejam tomadas as decisões necessárias, garantindo que eles recebam seus direitos trabalhistas. “Porém, não vejo alternativa que não seja entrar com uma ação judicial, como fizemos das outras vezes. Vamos agir dentro do que determina a lei para resolver a situação dos empregados”, comentou. 

    Fundada em 1978, a Garboni está instalada em uma área de 23 mil metros quadrados e atende ainda a diversas indústrias de consumo do país, fornecendo tampas plásticas para vários segmentos como o de agroquímicos, alimentícios, bebidas e cosméticos. 

    A empresa foi procurada, mas a equipe de reportagem não conseguiu contato com nenhum dos responsáveis para falar sobre as demissões. 


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