• Prefeitura autoriza venda direta de produtos agrícolas até domingo

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  • 31/05/2018 09:30

    A venda de legumes, frutas e hortaliças na Praça 14 Bis, no Centro, continua até próximo domingo (3) segundo o Departamento de Agricultura da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.  Em poucas horas, todos os produtos estão sendo vendidos e a maior procura ocorre por parte dos donos dos restaurantes.

    O Hortomercado Municipal funcionará normalmente todos os dias. A venda direta na Praça 14 Bis também vai funcionar até domingo e as feiras estão mantidas: na sexta-feira na Rua Francisco Manoel, no Centro; sábado na Rua Visconde de Souza Franco; e domingo no Alto da Serra e Duarte da Silveira.

    “Os produtos estão se esgotando em poucas horas, tanto na Praça 14 Bis quanto no Hortomercado Municipal. A venda direta facilitou a vida das pessoas que estão em busca de legumes e hortaliças e principalmente dos restaurantes que precisam abastecer os seus estoques para atender a clientela. Todas as feiras estão mantidas e acreditamos que, aos poucos, a situação será normalizada”, explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Fiorini.


    Donos de restaurantes compram direto com produtores

    Na quarta-feira (30) os produtos que chegaram na Praça 14 Bis foram separados e enviados para restaurantes. José Roberto Martins é produtor de hortaliças no Caxambu. Para complementar a venda nas feiras em que participa – Centro e Alto da Serra, José Roberto busca mercadorias em Minas Gerais. Ele trouxe dois caminhões com legumes como couve flor, tomate e pimentão, mas não chegou a montar a barraca para a venda: todo o carregamento foi comprado por restaurantes.

    “Trouxe aproximadamente 600 quilos de produtos e os restaurantes entraram em contato e fizeram os pedidos. Felizmente estamos correndo atrás do prejuízo. Essa semana foi muito complicada. O prejuízo de uma semana sem conseguir escoar a produção é incalculável”, disse.

    Braulio Azevedo é feirante há 20 anos. No Bonfim, onde ele mora, há  cultivo de hortaliças. Como José Roberto, ele também compra legumes e frutas de terceiros para complementar a venda nas feiras. “Consegui encomendar alguns produtos, como tomate, abóbora e couve flor para garantir a venda nas feiras e não deixar os meus clientes na mão. Ainda estamos encontrando dificuldades para encontrar frutas, como banana, mas acredito que aos poucos a situação vai normalizar. O importante é que os clientes saibam que as feiras vão funcionar normalmente”.

    Adelson Figueiredo é proprietário de quatro restaurantes. Ele comprou de José Roberto cerca de 200 quilos de legumes. “Tivemos que adaptar o cardápio e usamos tudo o que tínhamos no estoque. Agora, estamos conseguindo comprar com os produtores da cidade uma parte dos produtos. É um respiro e nos ajuda a manter as vendas”, contou.


    Demanda faz agricultores do Caxambu venderem produtos em casa

    Com a greve dos caminhoneiros, os produtores agrícolas do Caxambu também foram prejudicados com a falta de combustível nos últimos dias. A grande demanda, junto à necessidade de vender as verduras com rapidez, para que não houvesse mais prejuízo, fez com que alguns agricultores começassem a vender os produtos no próprio local de cultivo e até mesmo em suas residências.

    O produtor agrícola José Carlos Farroco Vieira contou que as pessoas estão indo até o Caxambu para adquirir os produtos.  “ Estou vendendo aos poucos. Ainda não tenho combustível para sair. Esta semana, já vendi tudo o que eu colhi, para pessoas que vieram até a minha casa. Eu ainda tenho muita coisa para colher e preciso vender ainda essa semana, para não ter prejuízo”, disse o produtor.

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