• Poetas petropolitanos na ABL

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  • 30/01/2018 12:00

    O laureado escritor Antônio Torres, dileto confrade e membro titular da Academia Brasileira de Letras fez chegar às minhas mãos a síntese de sua preleção realizada na sessão do dia 28 de setembro de ano de 2017 onde discorreu sobre a obrado professor, escritor, poeta e pesquisador histórico Paulo Cesar dos Santos, de quem sou assessor e com ele compartilho da publicação de diversas obras, notadamente “Encontro Poético” em segunda edição e a mais recente: “Poetas Petropolitanos Uma Saudade.” Pinçarei alguns trechos de sua eloquente alocução: “Paulo César é autor de um anuário de poetas, de inúmeras antologias de poesia contemporânea e de um dicionário de escritores petropolitanos, esse em parceria com o poeta Roberto Camargo, além de importantes contribuições à historiografia nacional e regional, o professor e membro da A. P. L. Paulo César,acrescentou mais um ponto ao seu currículo de pesquisador com este levantamento de 118 poetas nascidos ou radicados na cidade de Petrópolis, já falecidos, para qual ele tomou como mote essa pérola de André Maurois: "Não sabemos como ressuscitar os mortos, mas podemos aprender a reviver seus sonhos". T.S. Elliot se poria plenamente de acordo, ao dizer que "nascemos com os mortos quando eles retomam e consigo nos trazem.” Poetas petropolitanos é um livro que se insere no contexto da preservação da memória da Casa, um trabalho profícuo cuja envergadura exigiu de Paulo César mais de dois anos de dedicação e de transpiração, com talento e sensibilidade, duas de suas características já devidamente reconhecidas por um eminente membro da Academia Brasileira de Letras, o também professor Arnaldo Niskier…E prossegue Antônio Torres: "Um adeus português", é uma forte presença nos cinco poemas atribuídos ao patrono da cidade, D. Pedro Il, de autoria controversa como veremos mais adiante. Desde a dor da perda da Imperatriz, falecida no exílio, a outras igualmente irreparáveis, foram descritas em títulos como "Antes da partida" e "O adeus", com os seguintes versos: "Mensageiro do amor e da saudade, / Toma teu voo pela azul planura; / Vai dizer ao Brasil em que tristura / Tu nos deixaste aqui na soledade"… Ao que tudo indica, Petrópolis preferiu não tomar conhecimento dessa controvérsia, pois tornou D. Pedro II Patrono da cadeira nº 17 da Academia Brasileira de Poesia, casa de Raul de Leoni, a poucos passos da Catedral de São Pedro de Alcântara, onde repousam os restos mortais da família imperial. Mas voltemos à antologia de Paulo César. Além das personalidades petropolitanas que nela ocupam os lugares que lhes são de direito, tenham ou não virado nomes de rua e de instituições culturais, como Nélson de Sá Earp, ou Raul de Leoni, esta antologia inclui um número surpreendente de poetas de outras cidades fluminenses e de outros estados que se radicaram em Petrópolis, entre eles três fundadores da Academia Brasileira de Letras, Alberto de Oliveira, Lúcio de Mendonça e Afonso Celso. Osório Duque-Estrada e o ex-Presidente da Casa, o baiano Afrânio Peixoto foram outros dois…Destaca, também, Salomão Jorge… Nesse epílogo, em meu nome e no de Paulo César agradeço ao Acadêmico Antônio Torres pela generosidade das palavras na certeza de que se éramos seus admiradores e assíduos leitores guardaremos doravante no escrínio de nossos corações essa homenagem que, muito além da riqueza vernácula encerra a grandeza de sua alma de homem das belas letras.

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