• Petropolitanos também foram às ruas em atos contra a reforma da Previdência Social

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  • 16/03/2017 11:00

    A manifestação nacional contra a Reforma da Previdência Social chegou em Petrópolis e reuniu um número tímido de pessoas. Ontem representantes de diferentes sindicatos da cidade, e professores do Cefet-RJ mostraram sua indignação com a mudança no plano de aposentadoria, em dois pontos no centro da Cidade. Apesar disso, não houve adesão quanto a paralisação em postos de trabalho. Esta é a segunda ação em prol ao movimento, e de acordo com o presidente do sindicado têxtil Wanilton Reis, outras iniciativas serão realizadas em breve.

    Segundo a proposta do governo Michel Temer os trabalhadores da iniciativa privada e do setor público deverão contribuir por 49 anos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para obter aposentadoria com valor integral. A alegação do governo para aplicar a reforma é a existência de um deficit na Previdência. O conjunto de medidas anunciado teria como objetivo justamente evitar a quebra do sistema previdenciário brasileiro.

    Durante a manifestação do Cefet-RJ professores informaram quem passava pela Rua do Imperador explicando detalhes sobre  o que a reforma. A todos, diziam que não queriam "morrer trabalhando". No local também foi possível fazer através do programa "aposentômetro", disponível no site da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o cálculo da própria aposentadoria com o atual método e caso haja a reforma. 

    Pela nova regra a professora de física do Cefet, Marcília Barcelos, que contribui desde os 23 anos e iria se aposentar antes dos 60 anos, agora só conseguirá o direito depois dos 65 anos. Ela perderá ainda a aposentadoria especial para docente. Os números impressionaram a estudante de física Ester Cristina Mello Guerra. “Eles dizem que com a nova reforma o ideal é que as pessoas conseguissem contribuir a partir dos 16 anos. Estou com 22 e não nunca tive carteira assinada. Apesar de não ter feito os cálculos de quando eu poderei me aposentar é óbvio que sairei prejudicada”, concluiu. 


    Sindicalistas se reuniram na Praça da Inconfidência 

    Também lutando contra a reforma, cerca de seis sindicalistas estenderam cartazes e discursaram para petropolitanos que estavam no local. Para o presidente do sindicato dos aposentados, Gabriel Arcanjo, a medida é arbitrária. Ainda segundo ele, em 2016 haviam aproximadamente 46 mil aposentados e pensionistas em Petrópolis. “O que será desses jovens sabendo que vão apenas trabalhar no resto de suas vidas? O que estão fazendo é covardia e vamos defender a população até o último momento. Em vez de melhorar o governo piorou a previdência”, disse. 

    A proposta da nova reforma ainda precisa passar pelo aval do Congresso Nacional, e tramita na Câmara como PEC 287. 

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