• Petrópolis registra crescimento no setor após um ano como Capital Estadual da Cerveja

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  • 13/07/2018 12:33

    Petrópolis completa um ano como Capital Estadual da Cerveja neste sábado (14) e, de lá pra cá, o setor não parou de crescer na cidade. O município – onde está a primeira cervejaria do Brasil – vem se firmando também como referência na produção cervejeira. Já são 21 marcas do município, três grandes fábricas e seis microcervejarias. Só as pequenas esperam fechar o ano com a produção de dois milhões de litros de chope, com um investimento de R$ 10 milhões no setor, 45 empregos diretos e 70 indiretos. 

    Nestes 12 meses, o município trabalhou para fortalecer o setor, com parcerias e incentivos principalmente à produção artesanal. Entre as medidas tomadas, a lei 7.565 de outubro de 2017, que regulamentou o setor facilitando a instalação das microcervejarias artesanais e brewpubs, que são os bares que produzem as próprias cervejas.

     A Bauernfest deste ano comprovou o sucesso da bebida com a venda de mais de 130 mil litros de chope em todos os espaços da festa durante 10 dias. Só as artesanais, que contavam com um espaço especial no Palácio de Cristal, além de barracas na Praça Visconde de Mauá (Praça da Águia), tiveram um consumo de quase 30 mil litros da bebida no período do evento. Essa foi a primeira edição que as artesanais entraram com destaque no evento em homenagem ao colono alemão. As feiras mensais de produtores artesanais e a venda desse tipo de bebida na maioria dos restaurantes do município firmam o setor como a mais nova vocação de Petrópolis.

    O secretário da Turispetro, Marcelo Valente, destaca que o município tem um grande potencial para o turismo cervejeiro, que vem sendo explorado cada vez mais. “Temos notado o quanto o setor cervejeiro cresceu na cidade. Virou um hábito petropolitano e algo que agrada, e muito, ao turista. O visitante, quando chega aqui, gosta de provar os produtos locais, saber como são as cervejas produzidas aqui. E isso é um apelo turístico muito forte. Temos trabalhado para continuar incentivando as marcas, seus eventos, incluindo as cervejas artesanais nas festas do calendário da cidade, impulsionando assim o setor. Isso também estimula novos produtores”, frisa. 

    Aprovado por unanimidade em 22 de junho do ano passado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), desde 14 de julho de 2017 é lei o projeto de autoria dos deputados estaduais Gustavo Tutuca e Marcus Vinícius Neskau classificando Petrópolis como Capital Estadual da Cerveja. Com a norma, a cidade começou a criar mecanismos de incentivo e desenvolvimento de ações para a divulgação do título.

    A produção da bebida artesanal é a mais nova vocação da cidade. Recentemente – menos de 10 anos atrás – a produção caseira começou a crescer e vem se destacando, com cervejarias e microcervejeiros espalhados por diversos bairros. A estimativa é de que existam na cidade mais de 60 cervejeiros de panela – os que fabricam em casa, para consumo doméstico. Mas muitos acabam ganhando força e se tornam cervejarias.

    Mas a bebida já tem história por aqui. O município abriga a primeira cervejaria do Brasil, a Bohemia, fundada em 1853. Agora, Petrópolis segue a tendência de todo o sudeste com o crescimento da produção de cerveja artesanal. A bebida conquistou os consumidores fugindo do lema de volume das cervejas comuns para a ideia de qualidade, diferentes sensações de aroma, gosto e textura.

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