• Passeata em Petrópolis contra reformas termina na Praça Dom Pedro

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  • 28/04/2017 19:20

    A manifestação no Centro Histórico de Petrópolis, organizada pelo movimento sindical com apoio de diversos segmentos, contou com a participação de cerca de 500 pessoas, segundo os organizadores e 300 segundo a Polícia Militar. Os manifestantes, depois de um ato na Praça da Inconfidência, onde aplaudiram os rodoviários, que mesmo sem o apoio do sindicato da categoria e sofrendo pressão das empresas, fizeram de tudo para manter a greve, o que foi possível até as 11h, quando os ônibus de fato voltaram a circulando. 

    O aposentado Gabriel Arcanjo Weinem, 85 anos, disse que apoiava o movimento, pois a muito tempo vem sofrendo com as medidas tomadas pelo Governo Federal. “Não tenho mais nada e só posso apoiar e ajudar a lutar para que os jovens tenham um futuro melhor e possam se aposentar com dignidade”, frisou Gabriel Arcanjo. 

    O professor de História, Norton Ribeiro, 42 anos, disse que a Educação está sempre presente na luta por melhoria “não somente para nós, mas para todos”. Na sua opinião é preciso tomar cuidado com a flexibilização da legislação trabalhista para não perder direitos, frisando que “estamos saindo da era Vargas e entrando na era da escravidão”. 

    O sindicalista Carlos Machado, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, considerou o movimento importante e um dos melhores dos últimos anos. Ele disse que a reforma da lei trabalhista tira direito dos trabalhadores e lamentou que a maioria dos trabalhadores ainda não tenham conhecimento do que estão perdendo. “Nosso objetivo é tentar fazer com a lei de reforma trabalhista seja alterada no Senado e que a reforma da previdência não seja aprovada pelos deputados”. 

    O movimento ganhou o apoio do vereador Leandro Azevedo, que seguindo orientação nacional do seu partido, PSB, posicionou-se contra as reformas da previdência e trabalhista, frisando que o povo não pode pagar pelo erro de alguns. “Defendo que mudanças precisam ocorrer, mas o povo brasileiro, o trabalhador não pode pagar o preço pelo erro de outras pessoas e por isso apoio as manifestações contra as reformas”. 

    Durante os atos na Praça da Inconfidência e na Praça Dom Pedro, os manifestantes com gritos de guerra pediam “Fora Temer” e faziam críticas ao PMDB, citando inclusive o governo municipal. Na avaliação dos sindicalistas que fizeram discurso este foi o primeiro de muitos movimentos que vão ocorrer no Brasil contra as medidas tomadas pelo governo Temer. Todos, foram unânimes, em parabenizar os rodoviários que mesmo sob pressão e ameaças de demissão apoiaram a greve, o que retardou a saída dos ônibus das garagens. 

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