• Pacientes esperam até seis dias por vagas para cuidados de emergência

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  • 27/07/2018 09:40

    A espera por um leito de clínica médica, de Centro Cirúrgico e de Centro de Tratamento Intensivo (CTI) é grande em Petrópolis. Em vistoria a seis unidades, na na última semana, a Defensoria Pública levantou que os pacientes esperam em média seis dias por uma vaga. Num caso, o de uma mulher 79 anos, com anemia, atendida na Emergência do Hospital Municipal Alcides Carneiro (HAC), a demora provocou agravamento do estado de saúde da paciente, que acabou internada em UTI.

    Foram situações como essas, aliadas à superlotação nas unidades e aos demais problemas observados na vistoria, que levaram a Defensoria a adotar uma série de medidas para a garantia dos direitos dos cidadãos, como o ajuizamento de quatro ações individuais, sendo uma delas para a idosa, a fim de garantir imediatamente as transferências.

    Também será enviada uma recomendação à Prefeitura de contratação de leitos de clínica médica e de centro cirúrgico, em hospitais particulares, até que a rede pública de saúde disponha de vagas suficientes para atender toda a demanda. Sobre os leitos de UTI, a Defensoria já havia enviado recomendação para a adoção da mesma medida e ainda aguarda resposta da Prefeitura. 

    Uma recomendação está sendo preparada pela instituição para que as evoluções clínicas dos pacientes sejam passadas para a Central de Regulação de Leitos, pelas unidades de Saúde, no tempo adequado. Segundo a Defensoria, a última atualização havia sido enviada no último dia 20 e isso prejudica principalmente a rotatividade dos leitos.

     -Um dos fatores que levou ao aumento da demanda nas unidades de saúde foi a migração de clientes dos planos particulares para a rede pública. Também influenciam no atendimento a crise em andamento no Estado, e a procura de pacientes de outras cidades pelos serviços prestados na rede pública local, por exemplo – destaca a defensora pública Andréa Carius de Sá.

    Ainda no dia da vistoria foram identificados casos como o de uma senhora de 80 anos, acomodada em uma poltrona na Emergência do Hospital Alcides Carneiro, aguardando transferência para leito de clínica médica desde as 18h do dia anterior. Já na UPA do Centro foi constatada a falta de alguns medicamentos e de insumos, mas os itens foram providenciados no dia seguinte à visita.


    Vistorias em seis unidades

    Outras medidas também serão adotadas em decorrência do que foi apurado nas vistorias realizadas na UPAs do Centro e de Cascatinha, no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp, no Pronto Socorro Leonidas Sampaio; no Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias e no Hospital Municipal Alcides Carneiro.

    Entre as providências, está o envio de recomendações para contratação de mais médicos para o atendimento de urgência no Alcides Carneiro; para que sejam imediatamente fornecidos medicamentos, pelo Departamento de Doenças Infeccciosas e Parasitárias, a 45 pacientes com hepatite C que estão sem o remédio desde janeiro; e o envio de ofício à Defensoria de Itaipava, pedindo que intervenha em favor da antecipação da abertura do centro de atendimento no distrito, inicialmente prevista para dezembro.

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