• Ônibus orienta mulheres contra violência doméstica

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  • 11/08/2016 10:30

    Dados do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) apontam que no ano passado 579 mulheres realizaram o primeiro atendimento no município. Já em 2016, de janeiro a julho foram realizados 300 atendimentos, sendo 107 desses de mulheres que procuraram ajuda pela primeira vez. Desde que foi criado, em 2007, o Cram registrou 2,9 mil atendimentos. 

    Para a coordenadora do Cram, Rosemarie Borde Serafim, Petrópolis possui inúmeros locais que atendem mulheres que sofrem violência doméstica. “Temos o Cram, Nuam na 105ªDP, Juizado de Violência Doméstica, entre outros, que estão voltados para esse público. Após a criação da Lei Maria da Penha, que completou 10 anos em 2016, é possível perceber que a mulher está mais confiante e segura na hora de denunciar e procurar ajuda. E nosso objetivo é levar ainda mais possibilidades para essas vítimas, para que elas possam denunciar. Por isso, a criação do Ônibus Lilas, que faz esse atendimento dentro das comunidades. A nossa equipe orienta e recebe denúncias em diversos locais. Até o momento já fomos aos bairros Posse, Brejal, Alto Independência e agora estamos aqui na Praça Dom Pedro até esta sexta-feira”, disse. 

    Ainda de acordo com a coordenadora, os bairros da Posse e Brejal foram os locais onde as equipes receberam mais denúncias de violência contra mulher.


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    O Ônibus Lilás é usado pela equipe do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram – Tia Alice). Petrópolis passou a ser a segunda cidade do país a contar com o equipamento, que levará atendimento itinerante à mulher vítima de violência. O objetivo é atender todas as mulheres, do primeiro ao quinto distritos. 

    O ônibus leva o nome de Maria da Penha, lembrando Maria da Penha Maia Fernandes, que por vinte anos lutou para ver seu agressor preso. Ela se tornou símbolo da luta pelo fim da violência contra a mulher, tendo a Lei 11.340/06 recebido seu nome. 

    O ônibus itinerante tem duas salas para atendimento com assistente social, banheiro e cozinha. Além disso, um toldo, que pode abrigar até 24 cadeiras, cria uma sala de espera no local onde o atendimento for realizado. O veículo do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher chegou a Petrópolis por meio de emenda parlamentar da deputada federal Jandira Feghali.


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