• O perdão, a indulgência

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  • 26/01/2018 12:00

    Que a paz do Mestre possa tocar cada um de nós, a que saibamos demonstrar ser reais Espíritos eternos, colocando a nossa sensibilidade e uma verdadeira constância de pensamento à nossa frente. Que consigamos trazer uma janela e uma porta abertas para que o sol das mensagens cristãs penetre em nosso interior, aquecendo a vontade de sermos melhores, a conseguirmos encontrar um pouco de paz nessa trajetória terrena.

    Temos um sol que nos ilumina. Esse sol é o Evangelho Cristão, que vem por séculos e séculos sendo irradiado, embora, ainda, de uma difícil penetração.

    Estamos, quando encarnados, bloqueados de uma percepção mais sutil. Desta forma, achando-nos somente almas terrenas em luta pela vida, pela segurança e pela estabilidade. Mas, realmente, a estabilidade que procuramos é a que a matéria não nos dá, pois precisamos de estabilidade em nosso íntimo, que penetre em nós, para que o discernimento nos acolha em direção a todos os fatos da nossa vida. Assim, sempre nos devemos pautar no Evangelho, porque ele nos traz um descortino maior ao nosso viver. O Evangelho nos ensina a religiosidade, a espiritualidade, a ciência e a filosofia, e é por isso que ele é a base da Doutrina Cristã e da Doutrina dos Espíritos, o Espiritismo.

    Que essa glória de mensagens possa penetrar em cada um de nós; que a fé possa ser trazida à base da razão, para que o entendimento nos traga sob bases firmes de crença. Não nos podemos deixar envolver por uma fé cega, acreditando nisto ou naquilo, sem uma penetração maior. Temos que entender a vida, as movimentações da religiosidade, como, também, as da espiritualidade.

    Quando o Evangelho nos fala de sermos indulgentes, essa indulgência é abrangente demais. Não é só no perdão, mas diante de todos os irmãos que caminham conosco. O perdão é algo que está muito além de nós, porque erramos. Não temos o direito de dizer: – eu te perdoo! Somos ainda pequenos e falhos demais a nos elitizarmos, não nos podendo sentir invadidos ou machucados, infiltrados ou ofendidos, porque também ofendemos. Todos vivemos envolvidos ainda em provas, em remissões, em vivenciações pungentes e drásticas, precisando de um alinhamento maior de nossas virtudes, de nossa moral. Desta forma, não podemos ousar dizer eu te perdoo, isto só caberá à Espiritualidade superior, não a nós.

    Por que nos sentimos tão ofendidos? Por quê?

    Os homens deturparam a mensagem de Jesus resolvendo o que era pecado e o que não era, resolvendo estabelecer padrões.

    Quantos melindres ainda a alma humana sente!

    Não nos sintamos perseguidos. Tudo que nos acontece é porque somos os responsáveis e não as vítimas. Não temos o direito de nos sentirmos ofendidos, pois se assim acontece é por ainda existirem uma fragilidade espiritual, instabilidades na vida, desequilíbrio em sentimentos e emoções. Temos que aceitar uns aos outros como são e não nos sentirmos ofendidos por nada, porque ainda ofendemos.

    Mas por que tanta ofensa, a ponto de cortarmos relacionamentos, a ponto de não querermos mais nos encontrar com alguém por quem fomos ofendidos?

    Será que é algo que está acima das nossas possibilidades ou não?

    Ponderemos, amigos.


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