• O genial Mário Borriello!

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  • 27/04/2018 08:30

    Quem tem o privilégio de privar de seu convívio sabe que nele habita um coração de anjo e uma alma bela. Laureado no mundo das artes chegou ao pódio como cenógrafo, artista plástico, carnavalesco e, recentemente foi convidado por Aguinaldo Silva, para viver ele próprio, como carnavalesco, em sua novela Império. Atuou em importantes Escolas de Samba do Rio de Janeiro tendo sido campeão por diversas vezes conforme será descrito a seguir. 

    Na Rede Globo, atua  como cenógrafo e diretor de arte, em importantes produções, novelas, linha de shows e programas infantis tais como o Sitio do Pica Pau Amarelo dentre outros. Como artista plástico, já expôs em Amsterdam, Nova Iorque e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Nos anos de 1992 e 1993 atuou como carnavalesco da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, criando os enredos: "O Negro que Virou Ouro nas Terras do Salgueiro"; "Peguei um Ita no Norte", cujo famoso samba “Explode Coração” até hoje ressoa em nossas mentes, enredo campeão com o qual ganhou o prêmio "Estandarte de Ouro" na categoria de "Melhor Enredo".

     Em 1995, como carnavalesco da Escola de Samba Estácio de Sá, desenvolveu o enredo "Uma Vez Flamengo", em homenagem ao centenário do clube carioca. Nos anos de 1997 e 1998 voltou a trabalhar como carnavalesco do Salgueiro, para o qual criou os enredos "De Poeta, Carnavalesco e Louco, Todo Mundo Tem Um Pouco", classificando a escola em sétimo lugar no desfile do Grupo Especial, e "Parintins, A Ilha do Boi-Bumbá respectivamente. Em 1999 foi o Carnavalesco da   Escola de Samba Império Serrano  com o enredo "Uma rua chamada Brasil", de sua autoria e com samba-enredo composto por Arlindo Cruz. No ano 2000, como carnavalesco do Grêmio Recreativo e Escola de Samba União da Ilha, criou o enredo "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores – O impulso criativo das artes em resposta à opressão do Regime Militar instalado com a Revolução de 64", extraído da composição "Caminhando", de Geraldo Vandré, contando a estória da repressão no Brasil entre 1964/1984 através das artes, . 

    No ano de 2003, como carnavalesco da Escola de Samba Porto da Pedra, desenvolveu o enredo "Os donos da rua, um jeitinho brasileiro de ser", pelo qual recebeu o prêmio "Tamborim de Ouro". No ano seguinte, foi o autor da decoração para as ruas da cidade do Rio de Janeiro.  As peças decoraram ruas, praças e avenidas do Centro e d as zonas Sul, Norte e Oeste. Em 2005 foi o responsável pela decoração carnavalesca das ruas do centro do Rio de Janeiro para a Prefeitura da cidade. Nesse mesmo ano, para a Escola de Samba Tradição, criou o enredo "De sol a sol, a soja… Um negócio da China". 

    A pálida resenha em curto espaço é uma perfunctória síntese e noção do talento artístico e criativo desse extraordinário profissional que tem idealizado e realizado durante anos belas produções para o baile do Copacabana Pálace onde reúne a beleza, bom gosto e requinte ornados por personalidades de renome internacional. Neste fio condutor ressalto o principal dom do ilustre artista: a generosidade. Ela sim o faz inconfundível, incomparável, por isso, louvado, respeitado e aplaudido aqui e alhures. Viva Petrópolis que abriga sob seu imperial manto intelectual desse quilate versado nas letras tendo recebido em 2015 os lauréis da nonagenária Academia Petropolitana de Letras por inestimáveis préstimos à cultura e às artes.

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