• O futebol e o Rio

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 15/03/2018 12:55

    Passei a ser torcedor de futebol de frequentar os jogos, após a inauguração do estádio municipal do Maracanã, também conhecido como estádio Mário Filho. Fui  logo ao dia de sua inauguração, num jogo amistosos entre as seleções do Rio de Janeiro e de São Paulo, uma semana antes do início da Copa do Mundo de 1950. Ir ao Maracanã, independentemente de quem estaria jogando, passou a ser meu programa aos domingos. E poderia até de não ser o Flamengo, meu time de coração que estivesse jogando. O importante era ver bom futebol, Assisti a um América x Bangu com cem mil espectadores em 1950. 

    Este jogo, hoje no Maracanã, não daria cinco mil pagantes. Não sei o que fez reduzir drasticamente o interesse do público, se o mau futebol praticado hoje, ou se o elevado preço dos ingressos. Por ser um esporte popular, dirigido às massas, onde o poder aquisitivo não é dos melhores, creio que ambos os fatores contribuíram para o desinteresse atual. 

    O valor do salário dos jogadores de clubes grandes cresceu muito de 50 para cá. Vai daí a necessidade do apoio comercial de grandes firmas estampado nas camisas. Calculem quando deveria ser o salário de um Zizinho, hoje, se ainda estivesse jogando em plena forma? O Flamengo, clube mais popular do Brasil, com torcedores espalhados pelos quatro cantos do país (40 milhões contabilizados estatisticamente), torce pelo time em função, principalmente, das cores do uniforme rubro-negro. Entretanto, para atender aos interesses das marcas que produzem os uniformes, faz o Flamengo atuar de camisa amarela, descaracterizando seu principal uniforme. Uma vergonha e desrespeito ao torcedor. 

    Convoco a massa a não apoiar essa vergonhosa iniciativa. A violência das torcidas e este conjunto de coisas que me desagradam, fizeram me afastar dos estádios. Se ainda acompanho o futebol do meu Flamengo, ou da Seleção brasileira se faz, unicamente, através das partidas transmitidas pela televisão. Ao se transformar numa programação perigosa e até desinteressante, fez me afastar dos estádios de futebol no Brasil.

    Últimas