• Novo comando na recuperação da Unimed

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  • 29/04/2018 00:10

    Com a nova direção da Unimed Petrópolis, os mais de 36 mil clientes do plano de saúde e os 296 cooperados (médicos), assim como os cerca de 680 funcionários, começam a ter uma luz de esperança com o plano de recuperação da empresa, que vai priorizar a sua principal característica, o atendimento nos consultórios e a valorização do cooperado. “Naturalmente existe um trabalho de continuidade daquilo que foi implementado, mas existe o novo, que é uma gestão por resultados no trabalho de recuperação financeira e assistencial, que é entregar ao cliente aquilo que ele espera de nossos serviços”, afirmou o presidente eleito da Unimed, o médico Rafael Gomes de Castro, ao lado de seu vice, o médico Cesar Augusto São Thiago. 

    Eles também fizeram questão de frisar que, após a eleição com duas chapas, houve uma aceitação pacificada em torno da nova diretoria, que, segundo eles, os cooperados entenderam que foi escolhida pela maioria e é necessária neste momento da Unimed. “Nosso compromisso é trabalhar pela valorização dos cooperados, isto é, melhorando os honorários, mais conscientizando-os que todos fazem parte da Unimed”, argumenta Rafael Gomes, lembrando que os cooperados são os danos e dividem os ônus e os bônus. 

    Nesta valorização, Rafael Gomes e Cesar Augusto lembram que ano passado houve um reajuste dos honorários em 12,5% e para este há uma previsão de 10%. Eles disseram que as medidas de recuperação da Unimed Petrópolis já estão dando resultados, atraindo novos cooperados. Outros também já pediram para retornar. Nos últimos seis meses foram incorporados 12 médicos. Para eles, estes dados, aliados a outros como de satisfação dos clientes, mostram que as medidas de recuperação financeira e redução dos custos têm dado resultado. 

    O presidente eleito, cuja posse acontece em maio, disse que a dívida tributária da Unimed está entre R$ 280 a 300 milhões e que se encontra negociada por meio de uma empresa contratada para fazer este serviço. Rafael Gomes e Cesar Augusto frisaram que esta dívida é tributária e que a Unimed não tem dívida trabalhista e nem outras e que apenas uma está judicializada, pois a empresa não concordou com a negociação.

    Outra situação resolvida pela direção da empresa é o atendimento de oncologia. De acordo com eles, com as medidas tomadas, conseguiram economizar R$ 1 milhão e garantir um atendimento de qualidade aos pacientes. Eles ressaltaram que ninguém tem dúvida sobre a qualidade e importância do serviço prestado pelo Centro de Terapia Oncológico (CTO), mas que foi preciso reduzir custo e, ao levar o serviço para dentro do hospital, conseguiram manter a qualidade de atendimentos dos pacientes. 

    O presidente e vice-presidente eleitos para Unimed falaram sobre a fiscalização que a instituição vem sofrendo da Agência Nacional de Saúde (ANS), ressaltando que é apenas fiscal e que, até o momento, os resultados apresentados são satisfatórios, mas que ainda é preciso melhorar. “Ano passado começamos uma aproximação e discussão com a Agência, por meio do diretor fiscal que está na instituição, demonstrando resultados positivos consecutivos, o que tem deixado esta relação mais próxima e de entendimento dentro do objetivo de recuperação da Unimed Petrópolis com o órgão regulador que tem a função de regular o mercado e defender os interesses dos usuários”, afirmou Rafael Gomes. 

    Na opinião deles, ainda há uma caminhada longa e árdua para ser feita, frisando que as primeiras medidas ocorreram em 2017 e que serão continuadas, como investimentos no Hospital Unimed, que devem ser feitos de forma estratégica. Cesar Augusto disse que, além do hospital próprio, a Unimed Petrópolis conta com o SMH, o Hospital Clínico de Correas (HCC) e o Hospital Santa Teresa (HST). “O que chama nossa atenção é que a maioria dos nossos clientes não abrem mão do nosso hospital e isto é uma demonstração da confiança do trabalho realizado na unidade”, comentou o vice-presidente eleito. 


    Luz de esperança para os médicos


    O presidente eleito da Unimed Petrópolis, o médico Rafael Gomes de Castro, e o vice, o médico Cesar Augusto São Thiago, na manhã de sexta-feira (dia 27 de abril), deixaram o encontro regional das Unimeds do Estado do Rio, com a presença de representantes da Federação Nacional, para atender a reportagem da Tribuna, numa das varandas do Hotel Vale Real, em Itaipava. Os dois, acompanhados da gerente de comunicação da empresa, Cristina Caldogno, num clima totalmente descontraído falaram sobre os diversos aspectos que envolvem a Unimed Petrópolis, principalmente sua recuperação financeira, que está sob fiscalização da Agência Nacional de Saúde (ANS). 

     Na opinião deles, as medidas de recuperação financeira iniciadas em 2017 já apresentam resultados positivos, principalmente para os médicos, que como afirma Rafael Gomes de Castro “já observam uma luz de esperança”. É, com esta visão que,  ao final da eleição da nova diretoria, os cooperados, num entendimento inclusive com participação da chapa de oposição, firmaram um entendimento no sentido de manter a unidade da Unimed Petrópolis.

    "É importante deixar claro que houve um pacto. Apesar de todo período complicado, houve uma aceitação pacificada entre todos os membros da Unimed Petrópolis de que, apesar de não ter recebido o voto de todos, eu serei, junto com meu vice, Cesar Augusto, a diretoria que a Unimed escolheu e precisa. Este pacto foi firmado antes mesmo do final da eleição", contou Rafael Gomes, ressaltando que ainda há uma instabilidade em função do tamanho e da importância da empresa para Petrópolis.

    Dentro do pensamento de luz de esperança, Rafael Gomes e Cesar Augusto afirmam que há sinais muito positivos disto e como médicos, que são os cooperados estão vendo a nova direção. Entre os sinais está o fato de em janeiro terem sido incorporados oito pediatras, além de outros médicos que entraram para Unimed nos últimos seis meses. Eles afirmam que a Cooperativa necessita de novos cooperados e segundo Rafael Gomes, novos em todos os sentidos, como novas ideias e procedimentos que contribuem com o aperfeiçoamento dos serviços prestados. 

    Além disto, a proposta da nova diretoria é valorizar os cooperados e uma da ações é o reajuste dos honorários. O presidente eleito lembrou que ano passado foi dado um reajuste de 12,5% e para este há uma previsão de 10%. Ele reconhece que ao longo dos anos houve uma defasagem e por isso, com o reajuste em 2017, já se procura reduzir este problema. “Esta recuperação é ponderada, pois os resultados negativos dos anos anteriores também impactam na visão do médico”, disse, comentando ainda que existe uma perversidade no sistema, “ou seja, o cooperado é o dono e é o sócio e tanto a divisão de resultado quanto a divisão de prejuízo é feita na proporção do trabalho. Com isso, você, tendo prejuízos subsequentes, reduz o seu trabalho para reduzir sua responsabilidade sobre a empresa”. 

    Na avaliação dele, em 2017 eles conseguiram rever esta situação, pois a além de ter recuperado a empresa, mesmo que tenha sido parcialmente, tornando inadimplente, “e o cooperado teve, não dinheiro, mas teve um abatimento, isto é, o resultado foi colocado num fundo de reserva para que ele tenha abatimento das perdas dos anos anteriores”. A partir destes resultados positivos, segundo a nova diretoria, quem vai participar mais é quem trabalhar mais, isto é, o médico que atender mais, vai receber mais e com isso quem se beneficia é o cliente da Unimed Petrópolis. 


    Unimed detém 70% do mercado


    Apesar de todos os problemas financeiros que enfrentou nos últimos anos, a Unimed Petrópolis ainda detém 70% do mercado de saúde suplementar da cidade. “Este dado pesa na hora do médico decidir como ele vai encaminhar a vida profissional dele. Porque se ele não está na Unimed, ele está fora de 60 a 70% do mercado, ou seja, de acesso a estes pacientes que nossos usuários”, afirmou o médico César Augusto. 

    Eles ressaltam que este mercado é tão importante e os clientes demonstram confiabilidade ao serviço, principalmente no Hospital Unimed, que muitos preferem dormir na urgência mas não aceitam serem transferidos para os hospitais de apoio, como Hospital Clínico de Correas (HCC), Hospital Santa Teresa (HST) e o SMH. “Isto mostra que estamos bem na assistência, somos bem-vistos pelos nossos usuários  na nossa rede própria e também pelos novos médicos e somos procurados por médicos que querem ser cooperados”, comentou o vice-presidente eleito. 

    Com 296 cooperados, sendo que na ativa estão cerca de 260, Rafael Gomes e Cesar Augusto afirmam que possuem uma estrutura para atender os cerca de 36 mil usuários. Mas, neste universo eles atendem ainda usuários de outras Unimed e com isso possuem o desafio de manter uma estrutura para atender seus clientes e aqueles que podem vir de outros municípios. 

    Os dois médicos falaram ainda sobre a importância do Hospital Unimed, que de acordo com eles, precisa de novos investimentos, mas que serão realizados de forma estratégica. No momento, a única projeção é o aumento de mais dez leitos. Eles ressaltam que tudo precisa ser pensado dentro de uma nova gestão que seja estratégica, com inovação, mais que tenha por objetivo a valorização dos cooperados e da assistência dos clientes.

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