• Nascer de novo

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  • 02/02/2018 18:00

    Ele era um dos fariseus. Estudara as Escrituras (Antigo Testamento –  leis, sabedoria e profetas) e chegara a ser líder. Agora, ouvira falar de Jesus e resolvera procurá-lo. Sua posição no povo judeu, entretanto, recomendava cutela. As opiniões a respeito de Jesus eram controvertidas e o encontro com Jesus poderia comprometê-lo e trazer más consequências para a sua reputação. Por isso, resolveu ir à noite. Queria discutir assuntos de fé, de mestre para mestre.

    Mas Nicodemos nem chegou a expor o tema que desejava debater. Jesus o surpreendeu e definiu o rumo do diálogo ao dizer: “Ninguém pode ver o Reino de Deus senão nascer de novo.” (João 3.3) Para ver o Reino de Deus é necessário “nascer da água e do Espírito”. (João 3.5)

    Estava aí algo novo e inesperado para Nicodemos! Havia aprendido que, para poder ver o Reino de Deus, era preciso fazer muito esforço: observar os mandamentos, as leis de Deus, os sacrifícios, as ofertas, o dízimo! O Reino de Deus era dado como justa retribuição a quem cumprisse os preceitos divinos! 

    Agora vem Jesus dizendo que participar do Reino de Deus acontece pela ação do Espírito de Deus? De quem se deixa transformar, de quem nasce de novo? O Reino deve ser aceito por fé? 

    Esta é a diferença, o novo. No Antigo Testamento, a salvação, o participar do Reino de Deus dependia do esforço de cada pessoa. No Novo Testamento, a salvação, o participar do Reino de Deus é resultado da fé que temos no sacrifício que Cristo fez por nós na cruz. Não é mais resultado do meu esforço, merecimento meu! É dádiva, presente de Deus!

    Às vezes temos dificuldade de aceitar este conceito de salvação que nos é colocado no Novo Testamento. Nós preferimos nos garantir e apresentar a Deus nossa boa ação, nossa obediência aos mandamentos, dizer a Deus que somos honestos, bons, não matamos, não roubamos, fomos fiéis à nossa esposa/o, fizemos o bem, fomos à Igreja… E gostamos de apontar: não sou como o outro, aquele ladrão, corrupto, adúltero… Gostamos de salvar a nós mesmos e condenar os outros. Assim também era Nicodemos. Ele era fariseu, um dos líderes. Por isso, cumpria os mandamentos divinos o máximo possível. Os outros não. Ele estava salvo porque merecia ser salvo. Os outros não.

    Mas eu pergunto: se eu salvo a mim mesmo pelo meu esforço, com minhas boas ações, com meu bom comportamento, com o seguimento à vontade de Deus, qual o sentido de Jesus ter morrido para pagar pelos meus pecados, para me dar a salvação? Se eu sou salvo por aquilo que faço, não tem sentido Jesus ter morrido na cruz por mim! 

    Por isso, Nicodemos precisa renascer. Isso significa: precisa mudar sua maneira de ver, de entender a salvação! Por isso, Paulo diz com razão: “Não vivam conforme os padrões deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.2)

    Todos nós precisamos de um sentido para nossa vida. Precisamos saber para onde vamos, nosso destino final após a morte e como chegar lá. A fé cristã nos diz que o destino final de quem crê em Jesus é o Reino de Deus. Acreditar que Jesus é o sacrifício único e suficiente para pagar por meus pecados e me dar a salvação é a única maneira de ser salvo de acordo com o Evangelho. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem a Pai senão por mim.” (João 14.6)

    Fazer o bem não é a maneira de ser salvo. Fazer o bem é a característica daquele que sabe que já está salvo por Jesus! Quem está salvo por Cristo não consegue viver sem fazer o bem! Quem está salvo faz o bem por GRATIDÃO e não para ter benesses diante de Deus! Porque eu não preciso mais nada! Deus já me salvou em Jesus, já fez o suficiente por mim! 

    Jesus nos diz: “Ninguém pode ver o Reino de Deus senão nascer de novo.” (João 3.3) Para ver o Reino de Deus é necessário “nascer da água e do Espírito”. (João 3.5) “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem a Pai senão por mim.” (João 14.6)

    Conheça a Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Petrópolis. 

    Avenida Ipiranga, 346.

    Cultos todos os domingos às 09:00h. Tel. 24.2242-1703

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