• Moradores do Quilombo pedem asfalto no acesso à comunidade

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  • 07/06/2018 16:17

    Há quase um ano, os moradores do Quilombo da Tapera pedem à Prefeitura asfaltamento para a via que dá acesso à comunidade. A rua de terra está em péssimas condições e, quando chove, o ônibus escolar da região não consegue atender aos cerca de 20 alunos. Os quilombolas também querem capina e troca de lâmpadas.

    "No ano passado, a Prefeitura veio aqui e fez algumas melhorias, mas desde então não tivemos mais nenhum tipo de intervenção. Com as chuvas de verão, a situação piorou bastante e nós mesmos tivemos que tapar alguns buracos para garantir o acesso a nossas casas", disse o presidente da associação dos quilombolas, Amarildo André, de 54 anos.

    Além de tapar os buracos, com pedras e terra, os quilombolas também capinaram parte da via. "A capina não é feita há muito tempo e, com as chuvas, o mato já estava tomando conta da rua. Tivemos que nos unir e limpar a rua", contou Amarildo. A Estrada da Tapera tem cerca de cinco quilômetros de terra batida. A equipe da Tribuna percorreu a via na manhã de ontem e comprovou as dificuldades dos moradores em sair de casa todos os dias. São buracos, desnível e mato por todo o trecho.

    O Quilombo da Tapera fica na região do Vale do Boa Esperança, no Cuiabá. Treze famílias moram na localidade. Em janeiro de 2011, a comunidade foi duramente atingida pelo temporal. O ponto onde ficavam as casas, em sua maioria de pau a pique, ficou destruído pela forte chuva. Quase quatro anos depois da tragédia, em novembro de 2013, a Prefeitura entregou novas moradias para a comunidade, construídas em outro ponto do terreno que não foi atingido pelo temporal. Na época, a Prefeitura também melhorou o acesso ao quilombo. 

    "Lá embaixo tem asfalto para quem acessa o condomínio Boa Esperança, por que nós aqui da parte alta, no Quilombo, também não podemos ter o direito ao asfalto? Vivemos com muita dificuldade e quando a via fica intransitável por causa dos buracos temos que andar a pé esses cinco quilômetros. Faça chuva ou faça sol, temos que caminhar. Queremos o direito de uma estrada melhor", frisou o presidente da associação.

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