• Mato já encobre sepulturas e atrapalha circulação em cemitérios da cidade

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  • 17/01/2018 11:00

    O estado de conservação dos cemitérios voltou virar reclamação por parte de muitos petropolitanos. O entulho na entrada e o matagal que encobre parte das sepulturas não só causam desconforto aos familiares dos mortos como também dificultam o acesso às campas. 

    Vilma Regina Beloto, de 53 anos, esteve na semana passada para enterrar sua mãe e contou que foi preciso cortar parte do mato para chegar até a sepultura. “Como se já não bastasse o sofrimento e a dor de ter perdido ela, depois do transtorno na papelada para resolver as coisas eu ainda tive que pedir ajuda para cortar o mato na hora de chegar onde ela seria enterrada. Eu acho uma tremenda falta de respeito, falta de humanidade por parte dos responsáveis”, contou. 

    No Cemitério Municipal, uma pilha de entulho e lixo toma conta de grande parte da entrada principal. É impossível escapar do mau cheiro. “Viemos aqui visitar uma sepultura e ficamos decepcionados. Tinha um pouco de mato em cima, nós mesmos tiramos, até porque a família também tem o papel de cuidar. Mas o problema é que tem lugar que não tem como você entrar porque tem muito mato. Ainda bem que a sepultura dela fica mais perto”, disse Cláudia Cristina Tosoli. 

    Além do lixo na entrada, o mato está presente em vários túmulos, e até nos mausoléus mais sofisticados. Em quase todas as quadras, as covas mais rasas estão completamente tomadas por mato, e muitas delas são impossíveis de serem vistas. “Eu sei que cemitério não é para ser um lugar bonito, mas tem que ter um mínimo de conforto aos familiares dos enterrados. É direito da população que paga seus impostos em dia. Iptu, entre outros impostos. Esse é o retorno que estamos tendo”, reclamou Cleber Loureiro, contador.  

    Em Itaipava a situação é semelhantes. Muita gente reclama também do mato, que invade e encobre algumas sepulturas. “Eu acho um absurdo, porque já fui reclamar na divisão de cemitérios e eles disseram que não podiam fazer nada. Além do mais, alguns funcionários ainda falaram que não estão recebendo direito, e que a responsabilidade não é deles. Como que eu faço?” questionou Renato Valério, que mora em Pedro do Rio. 


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