• Henrique Viana será um dos condutores da tocha olímpica

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  • 04/05/2016 09:20

    Às 3h18 desta terça-feira (3), a tocha olímpica entrou em território brasileiro pela primeira vez. Depois de ser acesa em Olímpia, na Grécia, e viajar pelo país-berço dos Jogos Olímpicos e pela Suíça, onde está a sede do Comitê Olímpico Internacional (COI), um dos maiores símbolos da competição chegou ao país que receberá os grandes atletas do mundo. E entre os 12 mil condutores do fogo olímpico no desfile pelo Brasil, está o técnico da equipe Pé de Vento/Caixa, Henrique Viana.

    Ele foi convidado pela Prefeitura de Petrópolis e vai representar o esporte e o funcionalismo público da cidade. Além de técnico da Pé de Vento/Caixa, Henrique também é médico e continua trabalhando no sistema público do município. A confirmação de que ele seria um dos condutores veio no último dia 21. Para ele, “nada acontece de repente” e esse convite é fruto de todo trabalho feito na equipe para a construção de campeões. Ele afirmou que está tentando controlar a razão e a emoção, como é necessário fazer em uma prova.

    – Quando essas coisas vão sendo construídas aos poucos, vão crescendo e aí acontece algo importante como isso, carregar a tocha olímpica, te toca muito. Você começa a perceber que tudo está relacionado a isso, como em uma corrida: para eu não ficar tenso, fico imaginando que os atletas treinaram bem, então pode acontecer um bom resultado. Quando você vê uma coisa dessas, tocha olímpica, vê que está os 12 mil grandes nomes do Brasil, você está no meio do pessoal que fez, faz e história no país. É um grande prazer saber disso – disse Henrique Viana.

    Henrique Viana é um dos principais técnicos da história do atletismo nacional. Apaixonado por maratonas, ele fundou a Pé de Vento em fevereiro de 1983 e, em 33 anos de existência, transformou o clube em uma das maiores equipes fundistas da América Latina. Por suas mãos já passaram inúmeros atletas, vários deles com participações olímpicas: Artur Castro, Clair Watier, Luiz Antônio dos Santos, Ronaldo da Costa, Eder Moreno Fialho, Luiz Carlos Santos Ramos (Luizinho), Luiz Carlos da Silva (Atalaia), Siverino Souza, Silvio Santos, Otávio Pinheiro, Alex Januário, Edilson Silva, Airton Ribeiro, Franck Caldeira, Berenice, Viviane Anderson e Cibele Vasconcelos, além de diversos outros nomes. Hoje em dia, estão sob os cuidados dele três dos grandes nomes do país atualmente, Giovani dos Santos, Gilmar Silvestre Lopes e Joziane Cardoso, entre outros.

    – A Pé de Vento já está na história. O fato da tocha olímpica passar nas mãos de pessoas da Pé de Vento vem a confirmar e engrandecer tudo isso. Isso é muito bom para gente. Eu sinto que as pessoas próximas fica felizes, como se elas estivessem participando. E estão, porque não faria isso sozinho. A maior riqueza que nós temos são as pessoas que andam com a gente – comentou.

     

    O revezamento

     

    A primeira cidade onde o fogo olímpico passou foi a capital nacional, Brasília (DF). Por lá, o ex-atleta da Pé de Vento/Caixa, Flávio Guimarães é um dos condutores.

    Depois de Brasília, a tocha começa a peregrinação pelo país. Ela vai passar por outras 328 cidades de todos os estados. Em cinco de julho, ela chega a Santa Cruz do Sul (RS), município onde Sabine Heitling será uma das condutoras.

    Em Petrópolis, a tocha chega no dia 29 de julho. Cerca de 40 pessoas vão carregar o fogo olímpico no município. Henrique ainda não sabe em qual percurso e em qual horário estará com o símbolo, mas vai caminhar por 200 metros e ficará com o objeto por quatro minutos. Ele também não sabe de quem vão antecedê-lo e sucedê-lo.

    Três meses e 28 mil quilômetros depois de passear pelo país, a tocha vai chegar ao destino final, o Rio de Janeiro, dia quatro de agosto, um dia antes da cerimônia de abertura dos Jogos. Henrique Viana acredita que os Jogos Olímpicos vão mostrar ao mundo o que Brasil tem de bom e ruim: desde a criatividade e capacidade para superar os problemas até o momento complicado enfrentado pelo país na esfera política. Mas acima de tudo, vai evidenciar o carioca tem o espírito olímpico.

    – Mas uma coisa que os Jogos vão mostrar é o espírito olímpico, que está exatamente no espírito do carioca. O carioca é muito simpático, agradável, receptível. Eu acho que a grande festa das Olimpíadas vai ser o brasileiro – afirmou o técnico da Pé de Vento/Caixa.

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