• Futebol Americano tem dificuldade para firmar prática em Petrópolis

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  • 24/08/2017 11:05

    Atualmente a Cidade Imperial não conta com times de futebol americano, mas essa realidade já foi diferente, há cinco anos o esporte ganhava popularidade no município e dava indícios que poderia ser referência no estado, mas instabilidades dentro e fora de campo atrapalharam o Wolves, que agora é parte de boas lembranças para quem gosta da modalidade.

    O Petrópolis Wolves surgiu em 2010, quando amigos se reuniram através das redes sociais para formar um time, que nos dois anos seguintes disputou apenas amistosos. Em 2012 o projeto começou a ganhar corpo e organização, um empresário local levou o time para jogar no Petropolitano e prometeu um contrato com a Nike. Vale salientar que o clube não tinha vínculos com time ou empresário, apenas cedia o espaço. No início a parceria foi a diante e o Petrópolis virou Petropolitano Wolves, mas o tempo foi passando e a promessa de contrato com a fornecedora de material não foi cumprida, a equipe teve que deixar o Petrô e se mudar para outro local, nasceu então o Internacional Wolves, em acordo com o clube do Alto da Serra.

    Foi a partir daí que o time teve seu melhor momento, chegando na final da Liga Fluminense em 2013. Guilherme Cohen, ex jogador do Wolves e hoje membro de uma equipe de arbitragem que apita na Liga Nacional, definiu o vice-campeonato do time petropolitano como “histórico, mas o começo do fim”, após a temporada, a equipe perdeu 25 jogadores e não conseguiu suprir essa falta com o recrutamento de novos atletas, nos campeonatos seguintes foram fracas campanhas até 2016, quando foi decretado o fim do Wolves.

    Guilherme disse à Tribuna de Petrópolis, que parte da responsabilidade pelo encerramento do grupo, foi a falta de comprometimento de muitos atletas, que encaravam o esporte apenas como diversão. O sucesso que o Wolves teria se continuasse pode ser observado ao olhar como estão alguns de seus ex-jogadores. João Holyfield, Magnum Carius e Lucas Negueba jogam no Patriotas F.A , ex Vasco da Gama, Celso Fiorani, Pedro Augusto e Murilo Barbosa atuam em Juiz de Fora e já estão classificados para os Playoffs da Liga Nacional. Hoje esses atletas são responsáveis por carregar o nome da cidade nas competições de Futebol Americano pelo país.

     Cohen ainda vê possibilidades do esporte retomar o sucesso na cidade, mas cita que para isso será necessário recomeçar todo o projeto do zero, e incentivar a prática entre as crianças, o agora árbitro não vê possibilidades de retomada no curto prazo. Um time de futebol americano custa em média R$ 120 mil por ano, sem onerar os jogadores. Como exemplo para os interessados em apoiar o esporte, o Juiz de Fora Imperadores, modelo de sucesso na modalidade, que levou mais de mil pessoas ao estádio da UFJF no último domingo.



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