• Fé, sustentáculo das almas

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  • 02/03/2018 12:11

    Amigos e irmãos de fé, a cada instante de nossas vidas, principalmente na época atual em que nos encontramos, sentimos a necessidade de alguma coisa a nos abastecer o íntimo, não é verdade? Esse abastecimento só será buscado quando, verdadeiramente, nos estivermos sentindo fracos e desequilibrados, precisando de algum reforço; reforço esse que, muitas vezes, não podemos imaginar qual seja. 

    Mas o que somos nós senão energias caminhantes em ânsias de equilíbrio, de direcionamento, de uma localização melhor diante de nós mesmos e das outras almas que nos rodeiam? 

    Exatamente, meus irmãos, o mundo, esta humanidade hoje versada num progresso que culmina, muitas vezes, numa inversão do próprio progresso, que é a destruição, esta humanidade encontra-se muito dividida, dividida em tudo: em fé, em classes, em raças, em sentimentos, em moral e em trajetória de vida.

    O que traz tudo isto? 

    O que traz estas imensas divisões a cada alma, a cada um de nós? 

    Exatamente, o desequilíbrio, a desestabilização, a desarmonia dentro de nosso lar e dentro de nós mesmos. Mas, ao atravessar de séculos, de anos, visualizamos, a cada etapa, os mensageiros enviados e com eles os prognósticos lançados às almas encarnadas; prognósticos esses de elevação, de exemplificação e de verdadeira chamativa ao rebanho a que pertencemos. Mas esse rebanho, hoje, totalmente disperso, transfigurado, dividido, coibido e dogmatizado está inibido, totalmente inibido em suas vontades, até mesmo para tentar enxergar um pouco mais além no seu lado espiritual e verdadeiro. 

    Essa pouca visão, a necessidade de um reforço, de algo mais concreto, que nos consubstancie a vivência, demonstram a falta de fé. Cada um de nós tem, digamos, a fé em percentuais; percentuais esses vinculados aos percursos pretéritos e, também, aos adquiridos na participação atual do viver, com as diversas possibilidades e condições ambientais, sociais, humanas e espirituais. 

    Portanto, a fé hoje pode ser medida em cada alma. E, muitas vezes, constatamos criaturas que se dizem com muita fé, mas que, em meio às suas próprias vicissitudes, esta confiança em Deus se esvai, sentindo-se desamparadas. Por quê? 

    Porque a verdadeira fé, que precisa sustentar esta humanidade, não foi bem sedimentada, não foi colocada sob a ótica da razão, da lógica e da intuição. É por isso que os múltiplos desacordos em vivências, as desarmonias emocionais e desequilíbrios no viver estão tão claramente evidenciados na humanidade que habita a esfera.

    Talvez, a criatura terrena esteja querendo concretizar demais os valores espirituais, digamos assim, querendo que venham formas concretas a serem visualizadas, para que possa convencer-se de que, verdadeiramente, pertence ao Mundo dos Espíritos e que este Mundo é baseado naquilo que pensarmos e fizermos, seja em qualquer lugar por onde exercitarmos cada percurso cármico. 

     Deus, Jesus e a Espiritualidade Superior nos propiciam um trabalho mais direto junto às almas, justamente, para que essa concretização se intensifique, para que, mesmo acompanhada da lógica e do raciocínio, a intuição flua mais forte. Porém, a intuição, por várias vezes, não é percebida, não é assim? 

    Meus amigos, não somos só razão e lógica, como, também, não somos só intuição e sentimento. Não. Precisamos ser o verdadeiro equilíbrio entre a razão e a intuição, entre a lógica, os sentimentos e as emoções. Não podemos dispensar nem um nem outro. Devemos atender aos dois lados desta balança em busca de uma harmonia íntima e social. O trabalho da Espiritualidade, de certa forma, vem ao encontro das ânsias do próprio homem – ânsias essas pedidas por vocês em suas preces e rogativas.

    Talvez, peçam muito mais do que imaginam, para que possam sentir-se mais abraçados pelo Criador, não é verdade? 

    Pois, nenhum de vocês, meus irmãos, é esquecido não. Todas as vozes são ouvidas, todos os sentimentos são acolhidos, toda estrutura física e espiritual é amparada; ninguém se encontra em desamparo, mesmo aqueles que não desejam o amparo de um Deus maior, mesmo assim. Não existe e não existirá jamais um Pai que se esqueça de um filho, por mais que esse filho o magoe, por mais que o ultraje, por mais que o renegue. 

    Muitas almas ainda dispensam a visualização de uma caminhada espiritual, embrenhando-se na vida material. Mesmo que se encontrem distantes dos objetivos do Criador, o amparo se realiza, a proteção é sempre realizada e justa, nunca, porém, tirando o livre-arbítrio de cada um de nós. 

    Que Deus nos ajude nessa busca, na elaboração íntima da fé, uma fé abrangente, lúcida e construtiva, que nos impulsionará a realizações maiores.


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