• Famílias de baixa renda encontram dificuldades para comprar os alimentos básicos

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  • 10/02/2016 17:18

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) aumentou 0,61 ponto percentual em relação ao fim de 2015 e fechou janeiro em 1,51%. Divulgado no dia 5 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), o indicador se refere a famílias com renda de um a cinco salários mínimos que moram em casas chefiadas por assalariados. Esses dados deixam claro que, no início deste ano, quem está sofrendo com a alta da inflação são as famílias de baixa renda, que encontram dificuldades para comprar os alimentos básicos, como arroz, feijão, frutas e legumes. Rosemere Borges, moradora de Cascatinha, disse que a situação está insustentável e que, por causa do aumento dos alimentos, teve que reduzir a compra. “Além da alta dos alimentos, o pior é pagar a conta de luz, que desde o ano passado não para de subir”, reclamou, deixando claro que não acredita que o governo vai melhorar algo para o povo. Em junho de 2015 era possível encontrar o arroz da marca Tio João de R$ 9 a R$ 12. Na pesquisa realizada pela Tribuna na sexta-feira,essa mesma marca estava sendo vendida a mais de R$12, sendo que no Multimix foi encontrado o menor valor, R$ 13,95. O consumidor deve ficar atento, pois pode encontrar arroz de diferentes marcas com preços variados.O feijão é outro produto que ao longo dos últimos meses sofreu uma grande alta. A marca Combrasil em julho de 2015 era possível de ser comprada por R$ 2,39 ou R$ 3,69. Hoje, essa marca está acima de quatro reais, chegando a ser encontrada a R$ 5,99. Outro produto que também sofreu alta foi o café e entre as marcas está a Pilão, que em julho tinha uma média de preço de R$ 5 a 7 e hoje é encontrada por R$ 10. Enquanto os produtos comprados para consumo em casa aumentaram 2,89%, a alimentação fora de casa subiu 1,12%. Vários alimentos mostraram crescimento de preços de dezembro para janeiro,sendo que alguns aumentos foram expressivos, como a cenoura (32,64%), o tomate(27,27%), a cebola (22,05%) e a batata-inglesa (14,78%). Na energia elétrica, a alta foi de 1,61% por influência de aumentos ocorridos nos impostos, especialmente nas contas da região metropolitana de Porto Alegre, que ficaram mais caras em 8,70%, compressão do PIS/COFINS e ICMS. Nas demais regiões metropolitanas de São Paulo,onde as contas aumentaram 1,36%, Brasília, com 1,25% e Curitiba, com 0,40%, os resultados incorporam reajustes ocorridos na parcela destinada à Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública– COSIP: 73,00%, 11,00% e 18,00%, respectivamente. Em 12 meses, a inflação acumulada no INPC subiu de 11,28% para 11,31%, já que a taxa registrada em janeiro do ano passado, de 1,48%, era menor que a deste ano. O aumento de preços foi constatado tanto nos produtos alimentícios, em que a inflação passou de 1,60%para 2,41%, quanto nos não alimentícios, em que a taxa subiu de 0,59% para 1,11% de dezembro para janeiro. A alta dos ônibus urbanos no Rio de Janeiro levou a cidade a registrar o maior INPC de janeiro, com 2,37%, contra 1,16% em dezembro. Entre as 13 regiões pesquisadas, 12 registraram em janeiro inflação acumulada em 12 meses maior que 10%. A mais elevada foi em Curitiba, com 13,27%, e a menor em Belo Horizonte, com 9,89%.

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