• Estacionamento irregular compromete a operação de 50 linhas de ônibus

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  • 22/08/2018 10:56

    Um levantamento realizado pelo Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis, o Setranspetro, apontou que pelo menos 30 localidades enfrentam atrasos durante os itinerários porque encontram problemas para circularem pelos bairros. A dificuldade encontrada pelos motoristas é consequência de estacionamentos irregulares que impedem a passagem ou a manobra dos ônibus. As cinco companhias que atuam no transporte público da cidade enfrentam o problema. 

    De acordo com a gerente geral do Setranspetro, Carla Rivetti, a imprudência dos motoristas vem prejudicando os usuários, que ficam muitas vezes sem atendimento nos bairros. Aos finais de semana, o problema se intensifica nas linhas que atendem ao Moinho Preto, Fazenda Inglesa e Pedras Brancas, com um grande número de carros parados próximo a praça da Mosela.

    Já na região do Quitandinha, cerca de nove linhas ficam com a operação comprometida, pois os carros parados em torno do Palácio, dificultam a passagem dos ônibus. “Alguns casos são gravíssimos. Algumas linhas conseguem fazer desvio ou parar em outros pontos, mas tem ônibus que ficam sem circular. Ainda assim, muitas pessoas ficam sem ter como chegar em suas casas normalmente”, explica. 

    Ruas como Caldas Viana no Centro, Fernando Fernandes (Rua Chile) no Alto da Serra e a região do Quissamã e Itamarati, enfrentam problemas quanto aos carros e caminhões de carga e descarga. “Em alguns casos, tivemos que acionar a polícia no Centro para que os coletivos da Cascatinha voltassem a parar no centro”, conta Carla.

    Outros pontos como Rua Nova, Siméria, Vista Alegre, Estrada das Arcas, Castelo São Manoel e Bataillard, também são atingidos pela questão do estacionamento irregular. Nesta semana, por exemplo, na Rua Santa Luzia, onde há um manobrador, dois carros parados no viradouro impediram a passagem do ônibus. A questão dificultou o trajeto do coletivo. “Isso é clássico nessas localidades e as pessoas ficam simplesmente sem atendimento.

    A comunidade do veludo, por exemplo, no Duarte da Silveira, enfrenta isso sempre, além da Francisco Scali e Alcobacinha, na região do Itamarati. Tivemos um caso de um ônibus que até despencou no Valparaíso pois não conseguia manobrar”, disse. 

    Segundo Carla Rivetti, o problema pode gerar inclusive multas para as companhias de ônibus, que não cumprem algumas viagens por conta destes problemas. “Através do sistema de GPS que instalamos nos ônibus, o órgão regulamentador do município consegue fiscalizar como estão funcionando os coletivos e em alguns casos, isso pode gerar multa para as empresas a cada atraso. Das nossas 226 linhas operantes, pelo menos 50 são diretamente impactadas com o estacionamento irregular”. 

    Nesta semana, foram registrados episódios no Jorge Justen no Bingen, na Subida do Hospital Alcides Carneiro em Corrêas e na Rua Santa Luzia no Bataillard. “Precisamos ter a consciência de que essa ação atrapalha centenas de pessoas. É necessário que o particular pense no coletivo. Cobramos inclusive mecanismos de punição, como reboque, multa, além da regulamentação de estacionamento rotativo em alguns pontos”, finaliza Carla.

    A CPTrans se posicionou por meio de nota dizendo que um dos maiores desafios da gestão atualmente, é o combate ao estacionamento irregular. A prática é, inclusive, a maior causa de multa em Petrópolis, atualmente. A companhia salienta que quem estaciona em local proibido está sujeito a multa grave de R$ 195,23. No caso de estacionamento em vagas para idosos e deficientes, o infrator deve desembolsar R$ 293,47, multa gravíssima e que rende 7 pontos na carteira.

    No ano passado, foram feitas as remoções de 637 veículos que atrapalhavam o trânsito das ruas, sendo rebocados ou retirados pelos próprios proprietários após a notificação. 

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