• Especialistas sugerem modernização dos Polos de Moda em Petrópolis

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  • 17/08/2016 16:06

    Um grupo de especialistas do Rio de Janeiro está estudando a atual situação do comércio em Petrópolis, principalmente com relação aos Polos de Moda, como Rua Teresa e Bingen. Uma visão preliminar do estudo, apontou que o setor ainda trabalha de forma analógica, principalmente no que diz respeito a processos de gestão. Há 90 dias, os especialistas vem reunindo dados, realizando palestras e planejando cursos a fim de capacitar os empresários para atenderem a atual demanda de consumidores, mais conectados e que interagem mais com as marcas, por meio das redes sociais. O especialista Luiz Fernando Bastos, da Ágil Consultoria e professor executivo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), junto aos consultores Mateus Bastos e André Lessa estão atuando em busca de uma recuperação do setor em Petrópolis. Entre as prioridades, em um primeiro momento, eles citam a necessidade de uma urgente modernização do segmento. 

    Segundo Luiz Fernando, que já conhecia a cidade, é possível adiantar alguns investimentos que os empresários petropolitanos precisam fazer de maneira imediata: automação dos processos e venda por canais eletrônicos. Ele disse que percebeu que o comércio na cidade ainda atua de maneira analógica, ou seja, não faz investimentos nas plataformas digitais. Por causa da crise econômica que o país enfrenta, ele apontou ainda que o comércio físico deve demorar um pouco mais a se recuperar, do que o eletrônico (e-commerce). “Sabemos que a situação econômica está começando a se estabilizar, ou seja, as vendas, pararam de registrar quedas. Porém, os números ainda são menores do que os registrados nos anos anteriores. Enquanto o e-commerce vem registrando crescimento e tem a expectativa de conquistar ainda mais clientes até o fim do ano”, disse. Quando ele diz que o comércio em Petrópolis ainda é analógico, se refere também ao fato de que apenas 8,6% das lojas, que trabalham na área da moda, investem em mecanismos de vendas pela internet. Esse índice foi apontado pelo Mapa da Moda, divulgado em junho pelo Sebrae. 

    Já Mateus assinala que, com a análise que vem sendo feita, também foi possível perceber que o empresário petropolitano conhece bem o produto, mas não conhece o concorrente, tanto físico, quanto virtual e não tem acesso à ofertas do mercado, como dos sites que revendem produtos feito na China e conquistaram uma importante fatia de consumidores nos últimos anos. 

    Para Luiz Fernando falta capacitação, profissionalismo e bons gestores para gerir os negócios. “É preciso fazer investimento em conhecimento e também na boa divulgação, ou seja, não muita, mas que aconteça nos canais certos. As ferramentas existem, só que os empresários confundem gastos com investimentos”, declarou, acrescentando que é preciso modernizar para atuar no século 21. 

    Apesar desse cenário, o especialista acredita que a cidade tem potencial para se destacar no estado do Rio, como Polo Têxtil. “Poucos municípios têm as características favoráveis que Petrópolis possui”, destacou, sugerindo ainda que existam mais benefícios governamentais para a construção de áreas industriais, com incentivos fiscais para que as indústrias permaneçam na cidade e também para atrair novas empresas.


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