• Equipe petropolitana vence campeonato internacional de robótica

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  • 16/07/2018 09:19

    Chamados de "Sei Não" e "Cotchoco", os robôs da equipe petropolitana Imperial Botz foram os grandes vencedores da Winter Challenge – o maior evento de combate de robôs da América Latina – realizado na semana passada na cidade paulista de São Caetano do Sul. O evento reuniu mais de 1.200 competidores do Brasil e de outros países. Este foi o 37º título conquistado pela Imperial Botz em sete anos de existência.

    "Um dos nossos robôs é o primeiro do rankinh mundial na sua categoria. Somos uma equipe atualmente reconhecida vencendo competições onde participam equipes de universidades e faculdades de renome como a UFRJ e a PUC", disse o capitão da Imperial Botz, o engenheiro de controle de automação Marcos Marzano, de 30 anos.

    As competições de robôs atraem cada vez mais interessados. Além da diversão, o esporte também contribui para o avanço de tecnologias empregadas em plataformas petrolíferas, na indústria automobilística, no salvamento de pessoas, entre outras. "Nesta última competição, os robôs participaram da categoria combate – onde as máquinas lutam entre si – mas existe uma categoria, por exemplo, onde o robô entre sozinho em um labirinto para apagar um incêndio. A tecnologia empregada nesta máquina é usada no salvamento das pessoas. Não é apenas é um esporte e diversão", ressaltou Marcos.

    O capitão da equipe explica que ao todo são 70 categorias de robôs, e as máquinas da Imperial Botz venceram em duas delas: o "Sei Não" na Featherweight (para robôs de 13,6kg) e o "Cotchoco" ganhou na modalidade Hobbyweight (para máquinas de 5,44kg). "As competições atraem um bom público. São de três a cinco mil pessoas nos eventos", disse Marcos.

    A Imperial Botz conta com 12 integrantes e tem para este ano um desafio ainda maior, participar de um reality show na China com um robô de 100 quilos. A máquina começou a ser construída em  janeiro e a meta é concluir os trabalhos até outubro. "O nosso propósito é esse, levar esse gingante para competir na China", disse o metalúgico e integrante da equipe, Valdemir de Souza Lima, de 53 anos.

    O robô está 80% concluído, mas a equipe esbarra na falta de recursos para finalizar a máquina. "Não temos patrocínio e tudo que conseguimos é vendendo rifas e com os nossos próprios recursos. A crise financeira que o país atravessa afasta os investidores, mesmo o patrocinador consiga desconto no Imposto de Renda", lamentou Marcos. O custo de construção desse robô gira em torno de R$ 76 mil. O capitão conta que o robô vai lançar chamas e contar com duas garras para arremessar o oponente.

    A máquina está sendo construída na sede da Imperial Botz, em uma oficina localizada no Valparaíso. No local, a equipe também administra mini cursos para os amantes da robótica. "O objetivo é incentivar essas pessoas a entrarem em um curso de engenharia, por exemplo. Tem muita gente que gosta e tem talento para a robótica. É uma forma de incentivar essas pessoas", frisou Marcos.

    As vagas gratuitas para os cursos ainda estão abertas e mais informações podem ser obtidas pelo telefone (24) 2245-2180 ou pelo e-mail marcosmarzano@hotmail.com. 


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