• Entre o legal e o moral

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  • 15/03/2018 12:55

    Para 90% dos brasileiros, pobres e miseráveis, cumpra-se a lei! Para os 10% das “elites e da nata” basta dar o famoso jeitinho, fazendo decretos, leis e os famosos penduricalhos ao longo da curta carreira pública, tudo dentro da lei, ou seja, concurso público, estabilidade na carreira, proximidade com o poder de ocasião, cavadinhas para recebimentos dos mais diversos títulos e comendas, de preferência, medalhas comemorativas.

    Nunca no Brasil, as classes privilegiadas, mandaram tanto num Congresso acovardado, de joelhos, e mais de 80% devendo à Justiça, que tarda e quase sempre falha.

    Às elites e à nata, tudo. Ao povão, as migalhas de sempre. E com os agravantes de continuar pagando imposto de renda sobre benefício previdenciário, sem direito a moradia, e cumprindo as leis, aposentado pagando imposto de renda, milhões sem moradias, pagando com o sereno da noite, o luxo daqueles que dizem ser legal o pagamento de ajuda aluguel, em todos os poderes, a escola pública cada vez pior, e seus alunos sem qualquer chance de galgar uma boa universidade pública, pagando para que as elites, tudo dentro da lei, recebam ajuda para cada filho de até 18 anos, os sem roupas para ir as Igrejas, pagando pelo famoso ajuda paletó, 99% dos trabalhadores vendendo as férias para pagar dívidas do dia a dia, para que as elites não trabalhem em semanas de cinco dias, para que não trabalhem em semanas com feriados prolongados, para as elites que não trabalham 250 dias por ano, tudo dentro da lei.

    As filas cada vez maiores, pelas madrugadas, para se conseguir um mísero número para atendimento médico daqui a 30/60 ou 90 dias, para depois ainda ficar mais tempo à espera de exames pedidos pelo médico, tudo isso para pagar os melhores planos de saúde para as elites dos três poderes, já que eles recebem o seu pagamento livre de qualquer despesa do seu dia a dia, afinal, dizem que ganham pouco, e os penduricalhos são para completar os seus salários. Parece que vivem em outro planeta, e se sentem, acima do bem e do mal.

    Como lembrava o grande Renato Russo: “Que país é esse?”.

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