• Diretoras de escolas de Petrópolis visitam depósito da merenda

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  • 21/09/2016 09:00

    Na manhã de ontem, cinco diretoras de unidades de Educação de Petrópolis fizeram uma visita guiada pelo depósito onde são guardados parte dos alimentos que compõem a merenda escolar. A inciativa foi promovida pela Secretaria de Educação, com o objetivo de tirar dúvidas das gestoras com relação ao preenchimento e entrega do “Mapa”, documento utilizado para controlar a quantidade de comida enviada para cada escola. A ideia do encontro surgiu após declarações de pais e responsáveis sobre itens importantes da merenda que não estavam sendo servidos com a frequência sugerida nos cardápios elaborados por nutricionistas da própria secretaria.

    Ao checar as denúncias em algumas unidades, dentre elas a Escola Germano Valente, Comac, a secretária de Educação Maria Eliza Badia confirmou a presença dos alimentos citados como em falta na dispensa do colégio. De acordo com ela, a direção da unidade informou que, na verdade, houve um erro dos profissionais do local na hora de preencher a agenda das crianças especificando os itens consumidos no dia. Além disso, há três meses a direção não envia o Mapa à secretaria, tornando impossível precisar a quantidade de refeições necessárias para suprir diariamente as 250 crianças atendidas na unidade. 

    Assim como a Comac, outros CEIs e escolas também estão em falta com o Mapa, que agora terá uma cobrança mais rigorosa. “O Mapa é essencial para avaliarmos o que cada unidade de ensino precisa. Caso contrário fica impossível calcular, inclusive, a quantidade de alimentos que precisamos comprar. Continuamos sempre mandando comida, porque não podemos deixar as crianças sem merenda, mas para que as coisas funcionem é necessário que todas as pessoas cumpram suas funções. Isso significa que as diretoras têm por obrigação acompanhar a entrega de verduras, legumes e carnes feita pelos fornecedores semanalmente nas unidades, para checar a qualidade dos produtos e se a quantidade combinada está de fato sendo entregue. Além disso, é preciso ver o que as merendeiras estão servindo, se está de acordo com o cardápio montado pela nutricionista, ou se está ao menos tendo variedade quando ocorre atraso na entrega de algum alimento específico”, disse a secretária. 

    A secretária explicou ainda a dificuldade na entrega de alguns alimentos como arroz e feijão devido à alta repentina nos preços, que foi repassada pelos fornecedores, porém precisou de algumas semanas para ser regularizada. “Não falta comida! Ocorre que toda compra precisa ser licitada e isso implica um valor fixo determinado, que, infelizmente, pode variar de acordo com a safra. Não podemos simplesmente mudar do dia para a noite e pagar a diferença no preço de alguns alimentos aos fornecedores sem que remanejamentos necessários sejam aprovados legalmente. O depósito como elas puderam ver hoje e que outras diretoras terão a oportunidade de conhecer nas próximas visitas guiadas a serem agendadas está cheio de alimentos, mas só serão enviados na quantidade certa se as escolas nos mandarem os Mapas indicando quantas refeições são feitas por dia. Se 60 crianças são atendidas em determinado local e todas repetem o almoço, é preciso que seja especificado que 120 refeições são servidas e não apenas o número de crianças que têm na creche ou escola”, explicou. 

    As diretoras presentes se desculparam pela demora na entrega do documento e alegaram falta de tempo para preencher e enviar os documentos. Todos afirmaram que a falha não irá se repetir e que se manterão atentas quanto à entrega dos alimentos perecíveis, feitas diretamente pelos fornecedores e não pela secretaria, como é feito no caso dos alimento não perecíveis. Alguns aproveitaram a oportunidade para entregar relatórios que estavam em atraso. As que ainda estão com Mapas a serem entregues têm até a próxima semana para regularizar a situação na Secretaria de Educação. 

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