• Diarista que perdeu bebê no HAC recorre à justiça

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  • 24/07/2018 08:37

    A diarista Fabiana Gabri, de 36 anos, estava grávida de sete meses quando foi até o Hospital Alcides Carneiro, no dia 12 deste mês, com queixa de dores. De acordo com a mãe dela, após verificação médica, Fabiana recebeu informação de que o bebê estava vivo e que ainda precisava amadurecer. Segundo a paciente, ela recebeu uma injeção que seria para fortalecer a criança e deveria retornar no dia seguinte, para tomar mais uma dose. 

    “Eram muitas dores o tempo todo. Eu sabia que não eram dores normais. Tinha a sensação de que a bolsa ia estourar e por isso busquei a ajuda do hospital. Eu já tenho dois filhos, passei pela sensação do parto anteriormente, então tinha certeza do que estava sentindo”, afirmou. 

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    A vítima relata que na última segunda-feira retornou à unidade médica para receber atendimento. Fabiana afirma que passou por duas intervenções cirúrgicas por conta do parto, quando foi informada de que teve descolamento de placenta e o bebê não havia resistido. “Chegaram a colocar o bebê pra dentro quando eu recebi o primeiro atendimento e ainda disseram que ele estava bem. Que tudo seria apenas questão de tempo para o meu filho poder nascer”, explica. 

    A paciente ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva por três dias, após complicações resultantes dos procedimentos a que foi submetida. Segundo Fabiana, assim que tiver alta do local, pretende procurar os órgãos públicos e formalizar denúncia. “Nunca aconteceu isso comigo em nenhuma das minhas gestações. Perder meu filho por conta do hospital é lamentável. Agora vou buscar ações que possam garantir justiça”, finaliza. 

    Em nota, a prefeitura informou que a paciente, com 7 meses e meio de gestação, deu entrada no Hospital Alcides Carneiro (HAC) na segunda-feira (16) alegando dores e foi prontamente acolhida e atendida pela equipe médica de plantão. Os exames de ultrassonografia apontaram para um quadro grave, em que a ela apresentava descolamento de placenta. A gestante foi conduzida imediatamente para o Centro Cirúrgico e, durante o procedimento, foi constatado o óbito do bebê. Ela segue internada pelo setor de ginecologia do HAC.

    A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) informou que enviou ofício, nessa segunda-feira (23), ao Município de Petrópolis e à direção do Hospital Municipal Alcides Carneiro para que ambos se manifestem sobre o cumprimento da recomendação anteriormente enviada. O prazo para resposta a esse ofício termina nesta terça (24), às 15h. Caso a recomendação não seja cumprida, será ajuizada Ação Civil Pública pela Defensoria.

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