• Confecção petropolitana produz camisas oficiais dos Jogos Olímpicos

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  • 26/02/2016 09:00

    Os Jogos Olímpicos que acontecem no Rio de Janeiro em agosto deste ano estão movimentando a produção da maior fábrica petropolitana, que trabalha no segmento de roupas esportivas, a Braziline. Fundada em 1985, a empresa emprega 240 pessoas diretamente e tem sua sede no Bingen, onde está concentrada a confecção de peças com o Slogan Rio 2016. A produção teve início em novembro do ano passado, quando a empresa foi procurada pelo Comitê Olímpico, e é voltada tanto para o mercado de varejo quanto para lojas de departamento, como Renner, Leader, Lojas Americanas e Riachuelo. Em 2014, a Braziline produziu as camisas da Copa do Mundo e vendeu 300 mil peças, a estimativa é que esse número seja superado nas Olimpíadas. 

    A produção segue em um ritmo acelerado até o mês de agosto, com o início dos jogos. Na confecção o verde e amarelo é predominante, além das cores azul e branco. As camisas, voltadas para o público feminino, masculino e infantil, possuem estampas variadas, mas todas inspiradas no evento, que promete atrair mais de 350 mil turistas para a Cidade Maravilhosa. A empresa também fez uma peça personalizada para o Revezamento da Tocha Olímpica, que inclusive vai passar pela cidade no dia 29 de julho. Ao todo, a tocha vai percorrer mais de 300 cidades e vai contar com a ajuda de 12 mil condutores. 

    Para o diretor de negócios da Braziline, Carlo Mossi, esse foi mais um sonho realizado. “Desde 2009 imaginei que seria possível participar dessa festa e no fim do ano passado fomos convidados pelo Comitê. Atualmente, 50% da nossa produção está focada na confecção desse material, que já pode ser encontrado em lojas nos aeroportos e de esportes”, declarou. Ao todo, o evento vai contar com 150 lojas oficiais, ou seja, que vão vender produtos específicos dos Jogos Olímpicos. 

    Carlo considera que as Olimpíadas vão gerar um grande impacto para o estado. “É um evento que custa R$ 7 bilhões para acontecer, sem contar nos investimentos com infraestrutura que estão sendo feitos. A estimativa do Comitê Olímpico é de uma audiência global de 5 bilhões de pessoas. Só os jogos vão receber 10.903 atletas de 206 países e mais de 45 mil voluntários”, disse, destacando a magnitude do evento.

    Otimista com as vendas, o diretor de negócios da Braziline disse que não se preocupa com o sistema de pirataria para esse período. “O Comitê Olímpico tem um plano forte nesse sentido e quem for pego comercializando esses produtos, principalmente por aqui, será punido”, disse, destacando que pirataria é crime. 


    Empresa contrata costureiras 

    A Braziline está contratando profissionais para a área de estamparia e costura. Carlo contou que tem dificuldade em mão de obra especializada na cidade. A empresa conta com refeitório para atender os funcionários, sala de jogos e de descanso, além do serviço de berçário para crianças com até 1 ano. 

    Para se candidatar, o profissional deve ter experiência na área. Os currículos podem ser encaminhados para o e-mail rh@brline.com.br ou quem preferir pode entrar em contato pelo telefone: (24) 2222-4255. 


    Crise econômica 

    O momento que o país está enfrentando levou o empresário a reduzir o custo dos produtos. “Começamos a sentir no ano passado não com relação à redução de negócios, mas de custos. Os clientes estão procurando o que é mais barato e estão mais cautelosos na hora de comprar. Com isso vi a necessidade de reduzir os custos dos produtos”, comentou. 

    Além disso, ele destacou que embora a empresa esteja conseguindo passar por ela, o que incomoda muito é a falta de incentivos do governo. “O estado e nossos governantes não enxergam que quem gera a riqueza do país não são os órgãos públicos, mas os empresários, sejam eles da indústria, do comércio, serviços, etc. Por conta dessa miopia, a cada dia criam mais dificuldades para a atividade empresarial, seja pela burocracia e/ou pela imensa carga tributária. Somos nós quem empregamos e dividimos a renda, não precisamos de ajuda do governo para isso, precisamos sim de um sistema que nos facilite o crescimento, não que complique e encareça nossa atividade a cada ato governamental”, lamentou. 

    Carlo ressaltou ainda a falta de infraestrutura oferecida pela cidade. “O acesso pelas estradas é complicado, porque o estado é precário. Além disso, há a carência dos serviços de internet e telefonia e o de energia elétrica é instável”, concluiu. 


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