• Compro com dinheiro ou com cartão?

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 14/10/2017 12:10

    O governo liberou o comércio para vender a mesma mercadoria por preço diferente em função da forma de pagamento. Ou seja: preço para pagamento em dinheiro pode ser diferente do preço de venda com cartão.

    Para quem isso é bom? Para o comerciante ou cliente? Eu diria que é bom para ambos. Os preços podem ser praticados de forma mais realística. Como assim?

    Fica mais fácil para o comerciante calcular seus preços e, com isso, minimizar suas perdas por ter preços engessados.

    Ganha o cliente, pois consegue ter descontos mais realistas e, possivelmente, maiores.

    Mas os benefícios acima somente serão reais para o empresário se este tiver controle correto de cálculo de seus preços de venda.

    Caso contrário poderá dar um tiro no pé. Hoje com a facilidade de o consumidor pesquisar, a comparação de preços entre diversas lojas é rápida. E, provavelmente, quem tiver menor preço a prazo terá mais chance de ser o vencedor.

    No preço a prazo é onde o comerciante tem maior probabilidade de errar. É onde o empresário ficará mais tentado a passar sua ineficiência para o preço.

    E que ineficiência é essa? Um exemplo é não ter capital de giro suficiente para operar no dia-a-dia. Dessa forma, para ter caixa no momento, o empresário faz antecipação de recebimento de cartão de crédito ou faz uso de factoring. Esses são apenas algumas formas de conseguir caixa para o negócio. Com isso o empresário incorre em custos financeiros de financiamento que não teria se suas finanças estivessem em dia.

    E como isso influencia o preço final? Vamos supor que duas lojas vendam o mesmo produto pelo mesmo preço à vista. Só que uma está com as finanças em dia e a outra não.

    A segunda, por ter que antecipar cartão de crédito repassa essa ineficiência (ter que pagar taxas maiores à operadora do cartão de crédito) para o preço do produto. Nesse caso terá preço a prazo mais alto. Logo perderá vendas.

    E, afinal, quem ganha nessa realidade? O cliente, que pode escolher o menor preço e a empresa que conseguiu se administrar melhor.

    mairom.duarte@csalgueiro.com.br.


    Últimas