• Compras de materiais escolares movimentam papelarias

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  • 08/01/2017 07:00

    O ano está apenas começando mas as papelarias da cidade já estão ficando cheias de pais em busca dos melhores preços de materiais escolares para seus filhos. O grande movimento mostrou que nessa crise muita gente decidiu se antecipar, primeiro pesquisando para depois efetuar a compra.

    A papelaria Semadri, que fica na Rua do Imperador, registrou um crescimento de 10% nas vendas desde dezembro do ano passado. E a expectativa é ainda maior. “Começou em dezembro. De lá pra cá temos observado um aumento no movimento, muito grande, com relação a anos anteriores. O que me causou surpresa, porque sabemos que normalmente as pessoas deixam para última hora”, disse Sérgio Luiz Mayworm, proprietário da loja. 

    O empresário ainda espera um aumento de pelo menos 5% em janeiro. “A partir da segunda quinzena é que começa a cresce a procura pelos materiais escolares, ainda mais. Porque muita gente ainda vai deixar para a última hora. Em Janeiro, com relação ao movimento normal do ano passado esperamos um crescimento médio de 5 a 10%”, completou. 

    Entre as vantagens de comprar antecipado estão a variedade de produtos e a disponibilidade de tempo para fazer a pesquisa de preço, buscando sempre os materiais mais em conta. Foi essa a ideia de Luciana Chaves, que é professora do ensino médio, e já está indo às lojas em busca dos itens da lista de material escolar para sua filha. “A escola que ela estuda dessa vez antecipou a lista, e já divulgou na segunda quinzena de dezembro. Eu esperei um pouco porque estava muito cheio no fim de ano, e aproveitei esses primeiros dias de janeiro para pesquisar. Por enquanto não estou encontrando tanta diferença de preço assim não, mas o que tenho percebido é a grande variedade que tem nas papelarias daqui da cidade. Moro em Itaipava, e não encontrei tanta diferença de preço daqui pra lá. Isso é um bom sinal”, explicou Luciana. 

    O que pode ser pedido na lista

    Além da pesquisa, da escolha dos produtos e da compra antecipada, os pais devem prestar atenção numa outra questão: os itens desnecessários e proibidos por lei, solicitados por algumas unidades de ensino. É por isso que o Procon do Estado do Rio de Janeiro têm alertado a população por meio de boletins informativos, contra essa prática abusiva.

    Uma das coisas que muita gente não sabe é que as escolas devem divulgar antecipadamente a lista de material escolar, justamente para que os pais possam pesquisar e consultar os preços, escolhendo fornecedores e lojas de sua preferência. 

    Algumas escolas exigem que o material escolar seja comprado no próprio estabelecimento, mas esta prática é considerada abusiva pelo Código de Defesa do Consumidor.  Tal exigência configura "venda casada", prática expressamente proibida pelo art. 39, I, do Código de Defesa do Consumidor. Além disso, nenhuma escola pode exigir marcas dos materiais. 

    Caso haja alguma irregularidade cometida pelas escolas elas poderão responder a processo administrativo e ser multadas. Toda e qualquer situação que impede o consumidor do direito de escolha é indevida e considerada infração, por lei. Porém, é aceitável a venda de material didático das próprias escolas.

    Materiais de uso coletivo estão proibidos

    É permitida a venda do material didático produzido pela própria escola e que será utilizado durante o ano letivo. Já os materiais relativos a infra-estrutura do aluno na escola (copos descartáveis, papel higiênico, água potável, etc.) não podem ser cobrados pelo estabelecimento. Produtos para a higiene pessoal não podem fazer parte da lista.Na lista não pode haver nenhum item que não seja de uso pedagógico do aluno. A escola não pode pedir materiais que são para uso coletivo como giz, papel higiênico ou grampeador. A compra desses materiais está inclusa no valor das mensalidades.

    No caso de papel, a escola só pode pedir uma resma por aluno, mais do que isso já pode ser considerado exagero.As escolas só podem solicitar materiais de uso pedagógico do aluno.

    Caso o consumidor note alguma cobrança ou exigência abusiva, pode questionar a escola, ou acionar o Procon pelo telefone 151 (a nível estadual). 

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