• Cartunista conta sua história

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  • 01/01/2017 07:00

    Desenhar é o sonho de muitas pessoas e quem não tem o dom, ou melhor nenhum jeito para esta arte, admira quem faz e valoriza o trabalho dos desenhistas. Mas, este não é o caso de Eugênio Telles, 53 anos, que desenha desde os quatro anos e, há algum tempo, busca conquistar seu espaço nesta área para que possa viver totalmente da arte de desenhar. 

    Ele se define como “profissional do lápis”, pois todos os seus trabalhos, além de recheado de bom humor, são feitos em preto e branco utilizando apenas o lápis. “Gosto de trabalhar os desenhos em preto e branco, pois é algo que me identifico, me realizo”, afirma ele, deixando claro que “o desenho representa para mim p êxtase, quando estou comigo mesmo”. 

    Consciente de que viver da arte no Brasil não é uma tarefa fácil e por isso, em 2017, seu projeto é realizar uma nova exposição de seus trabalhos e divulga-los. Ele afirma que, nos últimos anos conta com apoio de muitos amigos, que lhe pedem algum trabalho ou ajudam a divulgar seus desenhos. “Tenho o apoio de muitas pessoas e isto é importante, pois me ajuda a desenvolver meus desenhos”. 

    Eugênio Telles divide seu tempo entre cuidar da mãe, que tem Alzheimer e seu trabalho com os desenhos. Mas, apesar de toda dificuldade, não perde o bom humor e basta alguém mostrar interesse pelos seus desenhos, que já pede algo da pessoa para prestigiá-la com um desenho. Por isso, muitas pessoas, segundo ele conta, recorrem ao seu trabalho pedindo um desenho onde esteja ao lado de uma personalidade ou mesmo um familiar. “Tem algumas pessoas que não tem foto ao lado dos pais, devido a morte quando a pessoa era ainda criança e pedem para fazer um desenho dele ao lado do pai ou da mãe”.

    Seu carro chefe é o humor e por isso, como ele mesmo afirma “sempre coloco humor em tudo, mesmo quando é um desenho de terror”. Isto acontece porque Eugênio Telles é apaixonado desde criança por filmes de terror, mas afirma “eles são uma inspiração para o humor. Quando vejo estes filmes acho graça e por isso já fiz muitos desenhos de terror onde coloco o humor”.  

    A política também é uma fonte de inspiração, mas faz questão de lembrar que já recebeu reclamações, pois os políticos não gostaram a sua charge. Entre seus projetos pessoais, um deles é dar vida, por meio de seus desenhos, a personagens e personalidades da cultura brasileira, principalmente aqueles que já morreram. “É uma forma de prestigiá-los e ao mesmo tempo manter a memória deles

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